Acidente com fogos de artifício fere 49 em Minas Gerais

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Por Agencia Estado
Atualização:

Quarenta e nove pessoas ficaram feridas no início da noite de ontem em Barbacena (MG) em consequência de um acidente com fogos de artifício durante o encerramento da tradicional festa do Jubileu de São José Operário, na Basílica local. O acidente ocorreu pouco depois do ato religioso celebrado pelo bispo de Mariana, dom Luciano Mendes de Almeida. Segundo a Policia Militar, uma bomba caiu e explodiu em meio ao público que se aglomerava na praça da Basílica, causando queimaduras em algumas pessoas, provocando pânico e correria. Também foram registrados danos físicos em barracas instaladas na área. Cerca de 10 mil pessoas estavam no local. Das 49 vítimas registradas, 15 ainda estavam internadas hoje na Santa Casa e no Hospital Ibiapaba. No Ibiapaba, Andreia Cristina de Castro, 31 anos, e Amanda Santana dos Anjos, 7 anos, apresentam estado grave no centro de terapia intensiva (CTI). Na mesma condição está Roberta Rodrigues Pereira, 17 anos, internada no CTI de Santa Casa. O bispo dom Luciano Mendes de Almeida lamentou o acidente e visitou os hospitais ontem à noite, prestando solidariedade às vítimas. Segundo a delegada Fátima Maria Campos, o jovem Alex Militão, 23 anos, foi preso em flagrante pela PM como um dos responsáveis pelo acidente e será indiciado no artigo 16, parágrafo único, inciso III do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03), que prevê penas de três a seis anos de reclusão para quem "possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar". Dependendo de representação das vítimas, ele também poderá ser enquadrado por lesões culposas, com base no Código Penal. De acordo coma Polícia, Militão estava queimando os fogos sob a supervisão de duas pessoas conhecidas apenas como Edna e Jefferson, que seriam mãe e filho, e fugiram do local logo em seguida ao acidente. Eles seriam os donos de uma empresa denominada Fogos Barbacena, cuja existência legal não está comprovada e também deverão ser indiciados, segundo a delegada Fátima Maria.

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