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Acidente com helicóptero deixa um ferido na Luz

De acordo com as primeiras informações do Corpo de Bombeiros o acidente aconteceu por volta das 20h30 e a pessoa ferida passa bem

Por Agencia Estado
Atualização:

O pouso forçado do helicóptero modelo Esquilo de prefixo PTYFB, que pertence à Uniban, às 20h50 desta quinta-feira, 10, assustou pedestres e motoristas que passavam pela Avenida Santos Dumont, na Luz , região central da Capital. Para evitar uma tragédia, o piloto Renato Ramos, de 34 anos, esperou um farol fechar para não bater nos carros e fios. Ele pretendia pousar após o cruzamento da Avenida do Estado, mas desistiu ao ver um Monza parado na avenida com problemas mecânicos. O piloto tentou subir novamente, mas o motor não tinha força. Ramos, então, seguiu em linha reta e bateu em uma grande árvore, arrancando alguns galhos. No chão, o aparelho acabou perdendo a cauda. O piloto foi retirado do helicóptero por testemunhas que acompanharam a queda. Todos temiam que o aparelho explodisse, pois durante a queda saía fumaça do motor. Atordoado e com ferimentos leves, o piloto foi socorrido pelos bombeiros e levado ao Hospital Alvorada, em Moema. Nenhum carro foi atingido. O acidente provocou grande congestionamento na área. O piloto havia saído do campus da Uniban no Campo Limpo, na Zona Sul, com destino ao Campo de Marte, na Zona Norte. Quando sobrevoava a região da Santos Dumont, a luz amarela indicadora de limalha (que aponta problemas no motor) acendeu. Quando isso acontece, é preciso tentar pousar o mais rápido possível. Quando viu que não havia tempo para chegar ao destino, decidiu por um pouso forçado na avenida. Ramos só teve tempo de esperar o semáforo, no cruzamento com a Avenida do Estado, fechar para os carros para tentar pousar o aparelho. Estava muito escuro e Ramos só conseguiu ver o Monza que estava parado na pista quando estava muito perto. O carro estava com problemas no radiador e, ao seu lado, estavam o mecânico José Aparecido dos Santos, 31 anos, e mais três pessoas. ?Quando ele percebeu que ia pousar em cima da gente, tentou subir, mas o motor não agüentava. A fumaça aumentou e ele seguiu em linha reta até bater na árvore. Pensamos que íamos morrer?, lembrou, assustado, Santos. ?Eu e um homem que passava pela avenida abrimos a porta do helicóptero para resgatá-lo. Ele estava nervoso, mas consciente. Desceu, atravessou a rua, pegou o celular e fez uma ligação?, disse o ambulante Marcelo Dias Pereira, 26 anos, que vende chocolates na Estação Armênia do Metrô. O barulho do helicóptero chamou a atenção dos motoristas. Uns pararam os carros e outros deram marcha-à-ré para evitar um choque. Cem metros adiante do cruzamento, em frente à Rua Guaporé, o piloto atingiu o solo. Com o impacto, ele sofreu escoriações. ?Ele é um piloto muito experiente. Voa há mais de 15 anos. Fez o que deveria em uma emergência. Escolheu uma via larga e plana. Provavelmente, só teve poucos segundos para decidir tudo?, contou mecânico Joel de Souza, amigo de Ramos. Oito viaturas dos bombeiros chegaram pouco depois e levaram Ramos ao hospital. O piloto é casado e tem um filho, trabalha para a Uniban e sua rotina é sobrevoar a Capital. A CET interditou duas pistas da Santos Dumont no sentido bairro. O bloqueio provocou lentidão na região. Texto atualizado à 01h46

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