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Acidente da Gol é o que tem mais parentes sem acordo

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Por Redação
Atualização:

Os parentes de 63 vítimas das outras duas maiores tragédias aéreas brasileiras ainda não conseguiram acordo de indenização com as companhias. O número corresponde a 17,8% dos mortos no acidente com o Airbus A 320 da TAM em 2007 (199 vítimas) e com o voo 1907 da Gol (154) no ano anterior. Há também centenas de processos nas Justiças brasileira e americana para reparação dos danos. A maior parte dos acordos em aberto diz respeito à indenização de familiares das vítimas do voo 1907 da Gol, que caiu na Floresta Amazônica após se chocar com um jato Legacy, em setembro de 2006. A companhia afirma ter concluído as negociações com parentes de 112 passageiros. No entanto, pessoas ligadas aos outros 42 ainda aguardam um desfecho. Mesmo os parentes que já conseguiram acordo com a companhia lutam na Justiça por valores maiores. "A Gol se aproveitou de um momento difícil e realizou alguns acordos com valores baixos em troca de esses familiares desistirem do direito de acioná-los judicialmente", diz o advogado da associação de vítimas da tragédia, Dante D?Aquino. Houve indenizações de R$ 20 mil pagas às vítimas e por isso há questionamentos. "Além dos valores de seguro, precisa ser avaliado o lucro cessante, que é o que a pessoa deixou de ganhar. E isso precisa ser revertido para as famílias." A TAM fechou acordo com famílias de 178 vítimas do acidente de julho de 2007 no Aeroporto de Congonhas. Na ocasião, 199 pessoas morreram. A companhia afirma que está em fase de conclusão da negociação com parentes dos outros 21 mortos. Além disso, há dez ações na Justiça do Brasil movidas por familiares e aproximadamente 110 nos Estados Unidos contra a TAM e as fabricantes do avião e de seus equipamentos. "Estamos indo depor nos Estados Unidos e esperamos que o julgamento seja em outubro do ano que vem. Acho que somente lá teremos um acordo final", diz Archelau de Arruda Xavier, vice-presidente da associação de vítimas.

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