O acidente que matou seis pessoas e deixou outras 16 feridas no final da noite de segunda-feira, no município de Aramina (SP), região de Ribeirão Preto, está levantando uma polêmica: o tráfego de veículos de carga carregados de cana, principalmente à noite, nas estradas. Os corpos das seis vítimas foram retirados do IML de Ituverava ao meio dia de hoje e levados para o necrotério da cidade de Aramina, onde seriam liberados para as famílias. Um ônibus de sacoleiros voltava para Brasília-DF. Os passageiros haviam ido a São Paulo, no bairro do Brás, fazer compras de roupas para revenda. As 23h30 de segunda-feira, chocou-se contra a traseira de um ?treminhão? - veículo composto pelo "cavalinho", a unidade semi-reboque e mais o reboque, medindo aproximadamente 30 metros de comprimento, que estava carregado com 45 toneladas de cana-de-açúcar. Pertencia à Usina Junqueira e era dirigido por José de Araújo Lourenço. Segundo ele, o caminhão estava em baixa velocidade. "Só senti uma pancada muito forte", comentou. Já o motorista do ônibus, Marcos Augusto da Silva, de 34 anos, que teve ferimentos leves, relatou a Polícia Rodoviária que foi ultrapassar o caminhão quando outro veículo o "fechou", provocando a colisão. Com a pancada, a maior parte dos bancos do ônibus foi arrancada e arremessada para a frente, junto com os passageiros. O acidente aconteceu no km 437 da Via Anhanguera, trevo de entrada de Aramina, sentido capital-interior. O local é plano, de boa visibilidade. A Polícia Cívil deve divulgar o laudo sobre as causas do acidente em 10 dias. Os mortos são: Antônio Lisboa Camelo; Maria do Socorro Camelo; Ana Maria Ribeiro de Lima; Celma do S. Silva; Zaira Carolina da Cunha Príncipe. Uma outra vítima faleceu na Santa Casa de Franca mas, até as 16 horas, ainda não havia sido identificada.