Acidentes com barragens estão acima da média, diz DNPM
Segundo diretor do departamento de produção mineral, em todo o mundo, a média é um acidente do tipo por ano
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Por André Borges
Atualização:
BRASÍLIA - O diretor de fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Walter Arcoverde, disse que o volume de acidentes com barragens verificado no Brasil está muito acima da média mundial.
Durante um seminário sobre mineração e meio ambiente realizado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Arcoverde disse que, em todo o mundo, a média é de que ocorra apenas um acidente de barragem por ano. O Brasil, no entanto, tem se destacado na lista dos desastres.
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
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Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Vista do local onde a barragem quebrou (parte cinza) e que acabou com o distritode Bento Rodrigues Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Homem observa os rastros de destruiçãoem Mariana Foto: Douglas Magno/AFP
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
Uma barragem de rejeitos da mineradora Samarco rompeu-se ontem, por volta das 16h, entre Mariana e Ouro Preto, a 110 km de Belo Horizonte (MG). Foto: Facebook/Reprodução
Resgates em Mariana
Helicópteros sobrevoam a região do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, em busca de vítimas Foto: Douglas Magno/AFP
Resgates em Mariana
Moradores desalojados passaram a noite no ginásio de Mariana Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Resgates em Mariana
Roupas e objetos pessoais foram levados ao ginásio para os desalojados Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Resgates em Mariana
Crianças dorme no ginásio ao lado de outras pessoas que ficaram desalojadas Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Resgates em Mariana
Roupas que foram levadas ao ginásio para os desabrigados Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
A tragédia deve transformar-se na mais grave na área ambiental do Estado. Foto: Facebook/Reprodução
Resgates em Mariana
Estragos ainda não foram contabilizados em Mariana Foto: Douglas Magno/AFP
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
Os serviços de energia elétrica e água foram afetados - não havia nem sinal de celular. Foto: Facebook/Reprodução
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"Já tínhamos registrado acidentes com barragens em 2001, em 2007 e 2014. Agora outro em 2015? É sintomático. A estatística mostra que, no mundo, é um por ano. Isso acendeu o alerta totalmente. Tem que haver uma estrutura muito mais pesada para enfrentar o problema", disse o diretor de fiscalização do DNPM.
O órgão é responsável pela fiscalização das barragens de mineração, ao lado de órgãos estaduais. Segundo Arcoverde, a barragem da Samarco, controlada pela Vale e a BHP, tinha classificação de risco baixo, tendo a sua última inspeção realizada em 2012. Ele disse que havia previsão de a estrutura passar por nova fiscalização neste ano, o que não ocorreu, por conta de sua classificação de risco.
Walter Arcoverde disse que será necessário rever a classificação das barragens e suas fiscalizações. "Não pode ser baixo risco. Você tem todo controle da estrutura, então ela é de baixo risco, aí vem o tsunami. E ai? Infelizmente aconteceu essa tragédia, que nos deixa muito preocupados", disse.
O representante da autarquia, que é vinculada ao Ministério de Minas e Energia, afirmou que, em novembro do ano passado, chegou a ser feito um seminário com 230 técnicos em Belo Horizonte, justamente para tratar sobre fiscalizações e exigências quanto a situações de desastres em barragens. Arcoverde disse que foram treinados 19 técnicos do órgão sobre o assunto.
"Foi insuficiente, há uma mudança de paradigma de gestão de segurança da barragem. Vamos mudar esse padrão, que ainda está muito insuficiente. Tem que ser criado um escritório de segurança de barragem, em Belo Horizonte, no quadrilátero ferrífero", comentou. "É muito novo esse assunto, para o próprio departamento, estamos em processo de reestruturação do assunto."