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Ações contra problemas só começaram há oito anos

Prefeituras de Belo Horizonte e Contagem já investiram R$ 120 mi na preservação da lagoa

Por Eduardo Kattah
Atualização:

Os problemas da bacia hidrográfica da Pampulha só começaram a ser enfrentados de fato há oito anos, segundo o gerente de Planejamento e Monitoramento Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte, Weber Coutinho. A partir de 2000, tiveram início ações de uma associação civil criada por meio de um termo de cooperação assinado pelas prefeituras da capital mineira e de Contagem visando à preservação da bacia. Coutinho considera o estudo do biólogo Rafael Resck importante para a avaliação das intervenções realizadas nos últimos anos, principalmente no que se refere ao volume de água. "Foram dragados 1,5 milhão de metros cúbicos (de sedimentos)." Ele lembra que, a exemplo da grande maioria dos lagos artificiais, a Pampulha sofreu nas últimas décadas com o crescimento desordenado da cidade, acompanhado da falta de infra-estrutura de saneamento e conseqüente poluição dos cursos d?água que desembocam na lagoa. "Todo lago está condenado à morte por causa do processo erosivo das suas bacias hidrográficas. Só que esse período de vida útil do lago depende das características de uso e ocupação do solo. Os lagos urbanos são os mais problemáticos." Segundo Coutinho, nos últimos oito anos, os dois municípios investiram cerca de R$ 120 milhões para a preservação, recuperação e desenvolvimento ambiental da área. "Hoje a coleta de lixo atinge a quase totalidade da bacia", destacou. O programa em execução prevê ações de saneamento, dragagem, coleta e interceptação de esgotos, recuperação de nascentes, urbanização de favelas, monitoramento da água e dos peixes, educação ambiental, entre outras. "Mas nem tudo ainda é 100%", admite.

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