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Ações da Taurus sobem com fila de pedidos de fuzil para civis

Fabricante de armas informou que mais de 2 mil pessoas esperam para adquirir fuzil T4

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Por Redação
Atualização:

As ações da fabricante de armas Taurus operam em forte alta nesta terça-feira, 21, após a empresa informar que o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro no início do mês vai permitir o acesso da população a fuzis. Em nota, a fabricante diz que está esperando apenas a regulamentação do decreto – publicado no último dia 8 – para atender aos pedidos de mais de dois mil clientes que estão na fila para aquisição do fuzil T4 semiautomático, de calibre 5,56.

Instrutor realiza treino em clube de tiro na zona norte da cidade de São Paulo Foto: GABRIELA BILO / ESTADAO

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"A Taurus informa que, tão logo a regulamentação do decreto nº 9.785 entre em vigor no País, imediatamente atenderá seus clientes, em até três dias após o cumprimento das exigências legais e administrativas", disse a empresa em nota. Há pouco, os papéis da Forja Taurus ON subiam 5,13% enquanto as ações PN tinham valorização de 5,56%.

No dia 8 de maio, governo federal publicou o que facilita o porte de armas de fogo para uma série de categorias de profissionais e não só para caçadores, atiradores esportivos, colecionadores (CACs) e praças das Forças Armadas, como foi destacado pelo governo. O texto também aumentou o limite da energia cinética das armas permitidas para 1.620 joules; a Taurus diz que a energia cinética do seu T4 é de 1.320 joules. Portanto, dentro da faixa permitida. Em seu site, a empresa apresenta a arma como "ideal para o uso militar e policial".

Ao Estado, a Casa Civil,ligada ao Palácio do Planalto, disse que o decreto não enquadra o fuzil T4 como arma de uso permitido. Segundo o órgão, a arma “é de uso restrito e, por isso, o cidadão comum não consegue adquiri-la”. “A informação não procede”, declarou.

O decreto do presidente é contestado pelo Ministério Público Federal na Justiça Federal e por dois partidos no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça, 14 governadores assinaram uma carta em que criticam o decreto e pedem sua "imediata revogação".

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