Acre tem primeira vítima das cheias provocadas pelas chuvas no Estado

Jovem voluntário morreu eletrocutado enquanto ajudava na remoção de famílias; governo federal libera verba

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Por Itaan Arruda
Atualização:

RIO BRANCO - Foi confirmada na noite desta sexta-feira, 24, a primeira morte em função das cheias do rio Acre. Alan Felipe, de 19 anos, era voluntário e estava ajudando na remoção de famílias de um bairro atingido pelas águas. Ele morreu eletrocutado.

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O bairro havia tido o fornecimento de energia elétrica cortado por questão de segurança. Na casa onde estava sendo feito o trabalho de remoção havia uma ligação clandestina de energia. O jovem encostou num fio e faleceu na hora morreu eletrocutado.

A estimativa mais conservadora calcula em 80 mil o número de pessoas atingidas pelas cheias. É uma situação sem precedentes na história do Acre. "Hoje, a ocupação das margens do rio Acre na capital seguramente é o dobro da que havia em 1997", comparou o governador Tião Viana.

O aumento populacional e a ausência de políticas estruturantes no setor habitacional ao longo dos anos, de fato, agravam a situação, embora a enchente de 1997 tenha tido maior volume d'água do que o registrado até agora em 2012.

Apoio. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, acompanhados de Tião Viana, visitaram os pontos mais críticos da alagamento em Rio Branco. "O governo federal já liberou R$ 2 milhões para o município de Rio Branco e R$ 3 milhões para o Estado do Acre", anunciou o ministro Bezerra.

O ministro garantiu ainda um tratamento diferenciado aos agricultores para acessarem o seguro agrícola. Formalmente, os ribeirinhos do Acre não têm como acessar os recursos. Dois fatores são exigidos inicialmente. A regularização das terras atingidas e o cumprimento do calendário agrícola, elaborado pela Embrapa.

 

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