Acusada de chacina é condenada a 132 anos de prisão

Edna Emília Milani foi condenada por ser co-autora da chacina de cinco pessoas, além de duas tentativas de homicídio e um aborto, crimes ocorridos em 2002

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Por Agencia Estado
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Edna Emília Milani, de 24 anos, foi condenada, nesta sexta-feira, 12, em Batatais, na região de Ribeirão Preto, a 132 anos, dez meses e oito dias de prisão, por ser co-autora da chacina de cinco pessoas, além de duas tentativas de homicídio e um aborto, crimes ocorridos em 26 março de 2002, no Jardim Alvorada. O advogado de defesa, Braz Porfírio Siqueira, disse que irá recorrer, no prazo de cinco dias, ao Tribunal de Justiça (TJ), de São Paulo. Quando foi detida, no dia da chacina, Edna havia confessado a sua participação, citando detalhes e demonstrando frieza e crueldade. O motivo do crime seria uma desavença familiar, pois os parentes do então namorado Carlos Fabiano Facion não aceitavam o romance deles. Porém, no tribunal, ela deu outra versão, alegando que esteve na casa de Facion, mas que não participou das ações. Ela teria só confessado a participação porque temia que Facion a matasse, além de sua filha. O promotor Eduardo Pereira Gomes pediu a exibição, no tribunal, de fotos e vídeos da cena do crime, além de áudios de depoimentos à polícia e à imprensa, além de imagens das necropsias dos corpos. Os jurados reuniram-se no final da noite de quinta, 11, e a sentença foi anunciada pela juíza Simone Figueiredo durante a madrugada. Além de Edna e Facion (que está preso), um menor que tinha 13 anos (já em liberdade, após passagem pela Febem) também confessou os crimes. Foram assassinados os pais de Facion (Carlos Roberto Facion e Maria Aparecida da Silva) e seus irmãos Elaine Cristina (grávida de nove meses), Lucas e Tália. Dois meninos sobreviveram, mas tiveram seqüelas.

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