Acusada de ligação ao PCC diz sofrer perseguição da polícia

A advogada Adriana Telini Pedro é acusada de ligação com o crime organizado e associação para o tráfico de drogas

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Por Agencia Estado
Atualização:

A advogada Adriana Telini Pedro acusada de ligação com o crime organizado e associação para o tráfico de drogas afirmou, em audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas, que estaria sofrendo perseguição da polícia de Franca, porque move processo contra o 5º Distrito Policial por tortura contra um cliente, segundo o site da Câmara dos Deputados. Além dela, também serão ouvidos os advogados Nelson Roberto Vinha, Eduardo Diamante, Libânia Catarina Fernandes e Valéria Dammous. Adriana é acusada de orientar um detento da unidade prisional de Valparaíso a roubar seus próprios clientes que haviam acabado de receber grandes quantias de dinheiro. Conhecido como Perna, o detento é acusado de ser um dos líderes do PCC. A conversa entre os dois foi gravada em escuta telefônica. No entanto, Adriana disse ter passado informações falsas a Perna. Na versão da advogada, o diálogo serviu apenas para testar se o telefone estava realmente grampeado. Adriana teria sido alertada sobre o grampo por um investigador, cujo nome não quis revelar. A advogada negou ter dado esconderijo a um fugitivo do presídio de Franca, também no interior de São Paulo. Segundo Adriana, o detento lhe telefonou da rua, dizendo que queria entregar-se à polícia. A advogada teria deixado o preso em seu escritório enquanto se preparava para ir à delegacia. Ela insistiu que, quando a polícia foi a sua casa, informou prontamente onde o fugitivo estava. Suspensão A regional de Ribeirão Preto da OAB decidiu suspender preventivamente por 90 dias a advogada Adriana Telini Pedro, de Franca, no final de junho. O presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB, Luiz Gastão, disse, na época, que a advogada poderia até perder o direito de exercer a função no processo que corre no órgão. A suspensão preventiva, segundo Gastão, ocorreu porque ela ofendeu a dignidade advocatícia. A Polícia Civil investigou Adriana em dois casos. No primeiro, o delegado Wanir José Silveira Júnior concluiu o inquérito que a indiciou por formação de quadrilha por envolvimento com o PCC. Ela passava aos criminosos informações de alguns de seus clientes, que poderiam ser assaltados.

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