SÃO PAULO - O motoristas Ricardo José Neis, acusado de atropelar um grupo de ciclistas em Porto Alegre na última sexta-feira, possui três processos por ameaça e agressão física, além de multas de trânsito por excesso de velocidade, trânsito na calçada, na contramão, em marcha ré e por conversão proibida, segundo o Ministério Público do Estado, que pediu prisão preventiva dele.
O pedido da prisão, protocolado no plantão judiciário do Fórum Central de Porto Alegre pelos promotores Eugênio Amorim e Lúcia Callegari, destaca que houve tentativa de homicídio qualificada, por ter sido por motivo fútil e por recurso que dificultou a defesa das vítimas.
Segundo o promotor, as imagens demonstram que o motorista deu sinais de luz aos ciclistas, encostou o veículo em algumas bicicletas até acelerar o carro e atingir as vítimas. "Percebe-se claramente que ele atropelou vários ciclistas inocentes tão somente porque lhe truncavam o caminho. E a questão que mais chama atenção é que ele atingiu pessoas que estavam pedindo exatamente mais humanização no trânsito", diz Eugênio Amorim.
"É chegada a hora de mudar a cultura da impunidade, em especial nas questões de trânsito. O Ministério Público adotou uma atitude que era esperada pela sociedade", reitera Amorim.