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Acusado de matar inglesa será julgado nesta quinta em Goiânia

Mohammed está preso desde agosto de 2008 e pode ser condenado a 36 anos de prisão pelo assassinato

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Por Redação
Atualização:

Mohammed D’Ali Carvalho dos Santos, acusado de matar a namorada inglesa Cara Marie Burke, será julgado nesta quinta-feira, 14, pelo 1º Tribunal do Júri de Goiânia. O julgamento será transmitido ao vivo pela Rádio Justiça e estava marcado para começar às 8h30. Ele pode ser condenado a 36 anos de prisão, inicialmente em regime fechado. Mohammed foi indiciado por crime hediondo e por isso irá a júri popular.

 

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Mohammed está preso desde agosto de 2008, acusado pela morte da jovem de 17 anos, no dia 26 de julho de 2008. Cara foi morta em um apartamento do Setor Universitário de Goiânia. As investigações apontam que ela havia ameaçado denunciar o namorado por seu envolvimento com drogas. Após matar a adolescente a facadas, Mohammed a esquartejou, ocultou partes do corpo da vítima e tirou fotos com o celular.

 

Antes de esquartejar a vítima, Mohammed mostrou a foto do corpo a outro amigo, Ismael Cândido Barbosa, de 23 anos, com quem passou parte da infância. "Fomos tomar uma cerveja, e ele mostrou a foto. Fiquei assustado", disse ele à polícia.

 

Dois porteiros do prédio onde o rapaz vivia também prestaram depoimento no caso e um deles disse que viu Mohammed arrastando a mala pelo elevador e colocando-a no porta-malas de um carro. O veículo pertence a um amigo de Mohammed que teria sido identificado. "Nós temos pistas seguras", disse o delegado Carlos Raimundo Batista.

 

Mohammed se identifica como estudante, mas não há registro em escolas de Goiânia, como também não há registros de empregos fixos ou temporários, embora ele saiba falar em dois idiomas - inglês e espanhol - e já tenha morado nos Estados Unidos e Inglaterra.

 

Segundo o próprio Mohammed, ele é sustentado pela mãe, que manda de Londres, onde trabalha, R$ 2 mil por mês. Com o dinheiro, Mohammed pagava o aluguel e alimentos, além de, provavelmente, também gastar com a compra de drogas, como cocaína e crack. Conforme a investigação da polícia, que teve ajuda de telefonemas anônimos e depoimentos de pessoas ligadas a Cara e Mohammed para desvendar o caso, a quase totalidade dos amigos dele é usuária de drogas.

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