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Acusado de ordenar morte de Dorothy Stang é absolvido no Pará

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Por Redação
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O fazendeiro Vitalmiro Bastos Moura, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, foi absolvido nesta terça-feira, informou o Tribunal de Justiça do Pará. Por 5 votos a 2, os jurados decidiram pela absolvição, "argumentando que o assassinato da missionária foi um ato isolado, praticado por Rayfran das Neves Sales", segundo nota do TJ divulgada em seu site. Este é o segundo julgamento de Vitalmiro Moura, condenado em maio do ano passado a 30 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. Rayfran Sales, que confessou ter sido o executor da missionária, teve a pena de 28 anos de prisão confirmada nesta terça-feira, segundo dia do julgamento ocorrido no fórum criminal de Belém. "O corpo de jurados, por maioria dos votos (5 a 2), rejeitou a qualificadora de que o crime teria sido praticado mediante promessa de recompensa", diz o comunicado do TJ do Pará. O promotor de justiça Edson Souza, responsável pela sustentação da acusação na ação penal, informou que vai se manifestar "dentro do prazo legal", de cinco dias. Dorothy Stang, que na época do crime tinha 73 anos, foi assassinada em 12 de fevereiro de 2005 com seis tiros perto de Anapu, no oeste do Pará. Ela morava havia mais de 20 anos na região, ajudando agricultores ameaçados por fazendeiros e madeireiros ilegais. (Texto de Tatiana Ramil; Edição de Maurício Savarese)

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