Acusado pela morte dos Staheli queria trocar dólares

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O porteiro Cezar Almeida, de 30 anos, que trabalha no condomínio Porto dos Cabritos, onde o casal Todd e Michelle Staheli foi morto, contou que um mês depois do crime o acusado do assassinato, Jociel Conceição dos Santos, lhe perguntou se ele conhecia uma casa de câmbio para que pudesse trocar 20 dólares. "Para mim, Jociel entrou para roubar e acabou matando o casal. A história do racismo foi desculpa", disse Almeida, que, como Jociel, é negro e trabalha no local há oito anos. Ele contou que, apesar de Todd Staheli sempre ter sido uma pessoa distante, ele não demonstrava ser racista. Os filhos do casal, que, segundo Santos, debochavam dele por ele ser negro, foram descritos pelo porteiro como crianças educadas. "Eles mal falavam português, mas quando passavam por mim sempre acenavam." Juíz nega pedido de prisão temporária Hoje, o juiz Renato Ricardo Barbosa, do plantão judiciário do Tribunal de Justiça, negou o pedido de prisão temporária do caseiro Jociel Conceição dos Santos. O pedido, feito pela polícia e endossado pelo promotor Ellis Hermydio Figueira Júnior, foi negado, entre outras razões, porque Santos não foi preso pelos homicídios em flagrante e não teve a assistência de um advogado. O juiz não aceitou a confissão do caseiro como prova. A polícia vai enviar um novo pedido de prisão à Justiça. Jociel está preso por tentativa de furto. Ele foi detido em flagrante, ontem, quando invadia outra casa no mesmo condomínio em que morava o casal Staheli. Jociel confessou que pretendia roubar a residência.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.