PUBLICIDADE

Acusados de incendiar casal são transferidos de Bragança

Moradores da cidade tentaram invadir a delegacia para linchar os presos

Por Agencia Estado
Atualização:

O serralheiro Joabe Severino Ribeiro, de 36 anos, e o eletricista Luiz Fernando Pereira, de 38, foram transferidos da Cadeia de Bragança Paulista para uma detenção fora do município, na terça-feira, 12, depois do tumulto na porta da delegacia da cidade, no interior de São Paulo. "Por motivos de segurança", a polícia de Bragança e a Secretaria de Segurança Pública não informaram o destino dos presos. Na tarde de terça-feira, um grupo de moradores da cidade realizou uma manifestação em frente à delegacia, ameaçando arrancar a grade que cerca o prédio para invadir e linchar Joabe. Segundo a polícia, ele admitiu ter incendiado, no domingo à noite, o veículo em que se encontrava um casal, uma criança e uma funcionária da família. O casal morreu no momento do incidente, enquanto o garoto Vinícius Faria de Oliveira, de apenas 5 anos, foi internado com 90% do corpo queimado e morreu e foi enterrado na terça-feira. Crime O crime ocorreu na madrugada de segunda-feira, 11, quando dois bandidos invadiram a casa da gerente Eliana, de 32 anos, e fizeram o filho e o marido, Leandro, de 31 anos, reféns. Os assaltantes obrigaram Eliana a ir até a casa de um funcionária da mesma loja, Luciana Michele de Oliveira Dorta, de 27 anos, que estava com as chaves do cofre. Após roubarem pelo menos R$ 20 mil em cheques e dinheiro do cofre da loja, os bandidos levaram os reféns para a estrada velha que liga Bragança Paulista a Atibaia e resolveram queimar as vítimas vivas para não deixar testemunhas. Os quatro foram amarrados no carro e em seguida o veículo foi incendiado; o casal morreu no local. Luciana fugiu com o menino do carro em chamas. Os dois foram internados em estado grave. Inicialmente, os dois foram encaminhados ao Hospital Universitário São Francisco, mas Luciana teve de ser transferida sob escolta policial para outro hospital, não revelado porque o São Francisco recebeu ameaças de criminosos por telefone por manter Luciana internada no local. Oliveira morreu queimado no porta-malas. O corpo de Eliana estava no banco da frente e, segundo a polícia, tinha perfurações no pescoço e na nuca, feitas a faca. Luciana e Vinícius estavam amarrados no banco de trás. Luciana contou ao marido, Flávio Dorta, que só se lembra de ter soltado as amarras e puxado o menino para fora do veículo. Ela foi socorrida por um casal. Depois que os policiais receberam a informação de que Luciana estava no hospital, seguiram para a estrada onde o carro foi incendiado. No caminho, encontraram o garoto que caminhava pela estrada e estava em estado de choque. Ainda assim, indicou à polícia o local onde estava o carro com os pais que foram encontrados já carbonizados.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.