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Acusados de matar juíza Patrícia Acioli vão a júri popular no Rio

Os 11 réus respondem por homicídio triplamente qualificado e por formação de quadrilha

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - A 3ª Vara Criminal de Niterói decidiu nesta segunda-feira, 12, que os 11 acusados de envolvimento no assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli vão a júri popular. A vítima foi morta em agosto deste ano, em Piratininga, na Região Oceânica da cidade. "Alguém matou uma Juíza. Muito mais que Juíza - um ser humano, mulher, mãe e cidadã. A apuração da responsabilidade penal é a razão deste processo", ressaltou o juiz Peterson Barroso Simão.

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Os réus respondem por homicídio triplamente qualificado - motivo torpe, mediante emboscada e com o objetivo de assegurar a impunidade do arsenal de crimes - e por formação de quadrilha, exceto o acusado Handerson Lents Henriques da Silva. Ele não pertencia ao bando, mas teria conduzido um mês antes do fato os policiais Daniel Benitez, Sérgio Júnior e Jeferson Araújo à residência da vítima com objetivo de identificar e apontar o local.

Em sua decisão, o magistrado também observou que os acusados, como policiais militares, deveriam garantir a segurança pública e não o contrário.

Também serão julgados pelo Tribunal do Júri Claudio Luiz Silva de Oliveira, Jovanis Falcão Júnior, Charles Azevedo Tavares, Alex Ribeiro Pereira, Júnior Cezar de Medeiros, Carlos Adílio Maciel Santos e Sammy dos Santos Quintanilha.

Na mesma decisão, o juiz aceitou o pedido do Ministério Público de transferência de Jeferson Araújo da Delegacia Antisequestro do Rio de Janeiro (DAS) para um presídio de segurança máxima do Estado do Rio. Ele e Sérgio Júnior estavam presos separados dos demais acusados em razão da delação premiada. No entanto, a versão de Jeferson foi modificada, passando a ser divergente da apresentada por Sérgio. Em função disso, o juiz considerou necessária sua transferência.

Também foi deferida a transferência de Cláudio Luiz Silva de Oliveira e de Daniel Santos Benitez Lopez para Presídio de Segurança Máxima Federal, pelo prazo inicial de 180 dias. Segundo o magistrado, "a acusação imputa a ambos o poder de influência sobre os outros acusados em razão da posição de liderança que ocupavam, exercendo autoridade sobre os demais e destacando suas atuações na cogitação do delito".

Patrícia Acioli, que trabalhava em São Gonçalo, foi morta com 21 tiros quando chegava de carro em casa, no dia 11 de agosto, por volta das 23h30. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros.

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