Advogada do crime organizado em Franca é suspensa por um ano

Adriana Telini Pedro foi flagrada em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, em 2005, dialogando com criminosos, articulando assaltos e até escondendo um fugitivo

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Por Agencia Estado
Atualização:

A advogada Adriana Telini Pedro, de 29 anos, da cidade de Franca, no interior de São Paulo, foi proibida de exercer suas funções por um ano. A decisão, anunciada nesta sexta-feira, 15, é do Tribunal de Ética XIII da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Ribeirão Preto. Adriana é acusada de ter ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), após ser flagrada, em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, em 2005, dialogando com criminosos, articulando assaltos e até escondendo um fugitivo. A defesa dela irá recorrer da decisão em segunda instância, na Secretaria de Câmaras da OAB, na seccional de São Paulo, na próxima semana. O recurso tem efeito suspensivo e Adriana voltará a trabalhar como advogada logo em seguida - ela foi suspensa em junho, preventivamente, por 90 dias. O advogado Antonio Moraes Silva, que defende Adriana, acredita que o processo contra sua cliente é nulo, pois entende que as escutas telefônicas não tinham autorização legal. Nesta sexta-feira, 14 relatores participaram do julgamento de Adriana. O presidente do Tribunal de Ética XIII da OAB, Luiz Gastão de Oliveira Rocha, não informou o resultado, pois alegou que o processo corre em sigilo e o prazo de recurso de Adriana é de 15 dias a partir da intimação. Porém, Silva confirmou a suspensão e que entrará com recurso imediatamente. Adriana foi flagrada em conversas com Eurípedes Moura Júnior, o Perna, que foi escondido por ela durante uma fuga, em junho de 2005. A advogada também informou bandidos sobre localizações de seus clientes, que estavam com dinheiro e poderiam ser assaltados, além de conversas sobre como localizar uma porção de maconha enterrada num quintal. Ela ainda teve um romance com o preso Evandro Carlos de Faria, que está no presídio de Mirandópolis. Adriana foi convocada, em julho, a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas.

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