Advogada não quer líder do PCC em São Paulo

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Por Agencia Estado
Atualização:

A advogada do presidiário paulista Marco Willian Erbaz Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Ariane dos Anjos, não quer que ele seja transferido para São Paulo, na próxima semana, após o Carnaval. A informação foi do juiz Laércio Luiz Sulczinski, de Ijuí, que expediu a ordem para o retorno do detento para alguma penitenciária paulista: "Ela está tentando impedir isso de tudo que é jeito", afirmou o magistrado. A advogada, que é natural de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, faz visitas diárias ao seu cliente, que teme ser enviado para o Anexo de Taubaté, o Piranhão, prisão onde estão detidos os presos mais perigosos do São Paulo. A informação de Sulczinski é confirmada pelo diretor da Penitenciária Modulada de Ijuí, onde Marcola está detido: "Ela não falha nunca. Todos os dias, na hora da visita, ela conversa com o Camacho através do parlatório". Marcola, 33 anos, condenado a 22 anos de reclusão por assalto a banco, dos quais já cumpriu 12, está isolado em cela especial e não tem contato com nenhum outro presidiário. Segundo Koch, até nas duas horas diárias de sol ele fica sozinho: "Recebemos esta orientação, e ela tem que ser cumprida", afirmou o diretor. A Modulada de Ijuí, inaugurada em dezembro de 1998, no final do governo Antônio Britto, tem capacidade para abrigar 360 presos, mas abriga, atualmente, 327 detentos, ao contrário da maioria de todos os presídios brasileiros, onde a superlotação é quase uma regra. É uma penitenciária para abrigar apenas criminosos de bom comportamento.

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