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Advogada pagou, mas não levou

Segundo dia do bazar no Jockey também teve confusão

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Por Redação
Atualização:

O segundo e último dia de bazar do megatraficante Juan Carlos Ramirez Abadía no Jockey Club de São Paulo foi mais uma vez marcado por tumulto e confusões. No lugar do empurra-empurra na entrada do Jockey e da falta de estrutura para atender tanta gente, muitos dos que escolheram e pagaram pelas várias pechinchas ofertadas na terça-feira não conseguiram retirar suas mercadorias. A organização do bazar sugeriu que compras feitas anteontem fossem retiradas no dia seguinte. "É um desaforo. Você perde um dia para conseguir comprar, com fila para levantar a comanda e outra para pagar. No outro dia, fica um bom tempo para conseguir voltar para buscar o que você já pagou e só encontra a sacola com as coisinhas mais desinteressantes... É um desrespeito", disse a advogada Maria Hebe Pereira de Queiroz, de 58 anos. A advogada contou que só conseguiu ir ao bazar porque foi almoçar no Jockey e, por isso, teve acesso privilegiado - também enfrentou fila, com senha, mas nada parecido com a formada do lado de fora do isolamento montado pelos policiais na porta do Jockey. "Na hora em que consegui entrar, umas 14 horas, já não tinha praticamente nada. Não sei se foi a maneira como o bazar foi noticiado, de que teria bolsas de grife, relógios, roupas de luxo, óculos de sol. Ou o povo levou tudo antes, ou não tinha tanta coisa", reclamou. Ainda assim, Maria Hebe encontrou "coisas realmente boas", como jogos de lençol, travessas, galheteiro, balança, forno elétrico. Gastou pouco mais de R$ 300 em uma compra que ela estima custar mais de R$ 1 mil em lojas. "Mas, hoje (ontem), só encontraram uma sacolinha com peças sem importância nenhuma. O que pude sentir é que fizeram o bazar sem ter estrutura." A advogada disse ter visto pelo menos seis pessoas reclamando desse mesmo problema: compras que foram deixadas para serem retiradas no dia seguinte e não foram localizadas. "O pior é que foram eles que sugeriram isso. Disseram aos que tinham grandes pacotes para pegar hoje (ontem), que ia estar mais tranqüilo e que poderia entrar com o carro para retirar as peças." Segundo a advogada, houve resistência do bazar em resolver a situação - queriam continuar procurando os pacotes. "Foi chato. Você se prontifica a perder seu tempo nesse tumulto, sacrifica seu dia, escolhe tudo e depois fica sem nada." OUTRO LADO O organizador do bazar, Lucien Delmonte, confirma que houve problemas, mas com apenas duas pessoas. "Especificamente na seção de cama, mesa e banho." Ele lamentou o ocorrido, mas ressaltou que foi um número baixo, se comparado às mais de mil pessoas que ele diz terem freqüentado o bazar. "Aconteceu, mas já foi resolvido. Devolvemos o dinheiro."

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