
05 de setembro de 2009 | 00h00
"Aquilo nos incomodou até o ponto em que vimos o homem beijar a menina duas vezes na boca, num intervalo de 30 minutos. Por vezes, ele ficava amarrando e desamarrando o biquíni dela e olhando de lado como se estivesse tentando disfarçar alguma coisa", comentou uma das testemunhas em entrevista ao Jornal Hoje, da TV Globo. A TV também exibiu imagens do italiano saindo da piscina junto com a filha após serem abordados pelos policiais.
A delegada responsável pelo caso, Ivana Timbó, da Delegacia de Combate aos Crimes de Exploração Sexual da Criança e do Adolescente, vai solicitar as imagens gravadas pelo circuito de segurança da barraca, na Praia do Futuro, onde o episódio ocorreu. Funcionários do estabelecimento, também ouvidos pela polícia, afirmaram não ter visto nada anormal.
De acordo com a delegada, a menina (de nacionalidade italiana) disse que não acreditava que pudesse haver maldade nos carinhos do pai. O mesmo teria dito a mãe da garota, uma brasileira que, segundo o advogado da família, não quer conceder entrevistas.
O italiano continua numa cela comum do 2º Distrito Policial, no bairro Aldeota. Ele foi preso em flagrante na barraca Croco Beach, na Praia do Futuro, na terça-feira, e enquadrado na nova lei que trata dos crimes contra a dignidade sexual, em vigor desde o dia 7 do mês passado. Caso o crime seja comprovado, o italiano pode pegar até oito anos de reclusão, segundo a nova legislação.
A lei atual ampliou a conceituação do que é estupro e também endureceu a pena para os acusados. De acordo com um artigo, o estupro vulnerável é quando alguém tiver "conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com menor de 14 anos". O advogado do italiano, Flávio Jacinto, disse que seu cliente foi vítima de "uma grande confusão". A delegada que assumiu o caso tem dez dias para concluir as investigações.
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