Advogado desmente depoimento de menor e Bruno se cala

Goleiro e os outros suspeitos deixaram local após cerca de meia hora; 'Essa história de mão jogada pra cachorro não existe', diz defesa

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Por Redação
Atualização:

CONTAGEM - Sem falar uma palavra, em menos de meia hora, o goleiro Bruno, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, deixaram o Juizado da Infância e da Juventude, em Contagem. Os depoimentos buscavam esclarecer a participação do menor J. no desaparecimento de Eliza Samudio. "Ele não vai repetir palavras que não foram ditas e sim colocadas na boca dele. Essa história de mão jogada pra cachorro não existe", disse Eliezer Jonatas de Almeida, advogado do adolescente.

 

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Antes de entrar no Juizado, Almeida afirmou que como seu cliente já falou com o juiz, não haveria necessidade de falar novamente hoje. Ele disse ainda que J. está aliviado, mas ansioso. Perguntado se foi a polícia que colocou as palavras na boca do menor, o advogado respondeu: "Vocês deduzem".

Caso seja considerado culpado, o adolescente pode cumprir medida socioeducativa de até três anos de internação. O Ministério Público e o advogado de defesa do menor têm 24 horas cada para apresentar as alegações finais ao juiz.

 

Todos os suspeitos foram intimados a depor e chegaram no Juizado por volta das 13h30 desta quinta-feira, 22, mas decidiram não responder às perguntas do juiz Elias Charbil Abdou Obeid.

 

Almeida disse ainda que o menor sustenta que foi simplesmente contratado para dar um susto em Eliza. "Ele nunca soube quem é Bola e também não levou a polícia na casa do Bola". O advogado do menor alega ainda que ele teria sido agredido com um "tapa na cara" quando prestou depoimento no Rio de Janeiro.

 

Mesmo assim, o advogado do menor disse que não vai pedir a anulação dos depoimentos que já foram feitos porque estão apenas inquérito e não na Justiça. Já a defesa dos outros suspeitos disseram apenas que seus clientes não falariam.

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Texto atualizado às 17h12.

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