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Advogado diz que depoimento de Andreas é favorável a Suzane

"O depoimento dele tem aspectos ruins para ela, mas tem aspectos bons, como a questão do assédio sexual", disse Mauro Nacif

Por Agencia Estado
Atualização:

O advogado de Suzane von Richthofen Mauro Nacif avaliou como favorável à jovem o depoimento do irmão dela, Andreas Richthofen. "O depoimento dele tem aspectos ruins para ela, mas tem aspectos bons, como a questão do assédio sexual", disse Nacif. Para ele, apesar de Andreas ter desmentindo algumas das declarações de Suzane, como a origem de uma arma encontrada em um urso de pelúcia da jovem, o depoimento derruba a tese da defesa dos Cravinhos. Segundo Suzane, a arma era do irmão, que a usava para caçar. Andreas, no entanto, disse que arma foi dada à irmã por Daniel. "Eles dizem que o motivo do crime era o fato de ser estuprada pelo pai, mas o irmão desmentiu isso", disse Nacif. Os irmãos Daniel e Christian dizem que Suzane sempre planejou o assassinato dos pais, pois era freqüentemente abusada sexualmente pelo pai. Porém, eu seu depoimento, Andreas negou os abusos. "Meu pai era uma homem muito mais digno do que muita gente aqui", disse Andreas. Nacif garantiu ainda que a tese da defesa dos Cravinhos é falsa, pois, se fosse verdade, não haveria necessidade de Marísia também ter sido morta. "Se o pai era o estuprador, porque matar a mãe?", disse o advogado. Sobre a jovem dizer que vai renunciar aos bens da família, Nacif disse que isto não é uma tática, mas "a opinião sincera dela. Ela não tem interesse nenhum na herança". Defendendo sua cliente, Nacif garantiu que a jovem não tem problemas mentais. "É uma moça super equilibrada, super inteligente, educada". Ele também garantiu que Suzane era virgem quando conheceu Daniel, ao contrário do que disse o ex-namorado dela em interrogatório ontem. Segundo Daniel, Suzane perdeu a virgindade com um namorado com quem fazia caratê, aos 14 anos de idade. Por volta das 17h30, o júri foi suspenso para um intervalo, quando a perita criminal Jane Marisa Millioni Pacheco Belucci, testemunha do Ministério Público, seria ouvida. Um problema em uma aparelho técnico, que exibiria imagens da cena do crime, atrasou o depoimento de Jane. Com isso, tomou a palavra o policial militar Alexandre Paulino Boto, que atendeu a ocorrência da morte dos Richthofen. Crime Suzane, seu ex-namorado Daniel e o irmão dele, Christian, confessaram ter planejado e matado os pais dela, Marísia e Manfred von Richthofen, a golpes de barra de ferro, na casa em que a família vivia, em outubro de 2002. Os três foram denunciados pelo Ministério Público por crime de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. Ampliada às 18h15

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