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Advogado diz que portugueses mortos eram da máfia

Por Agencia Estado
Atualização:

O advogado José Monteiro da Paz, que representa os seguranças Leonardo Sousa Santos e José Jurandir Pereira, dois dos quatro acusados de matar seis empresários portugueses em Fortaleza, deu entrada hoje, no Fórum Clóvis Beviláqua, com pedido para que a Polícia Federal (PF) investigue o passado das vítimas. De acordo com ele, uma pessoa que "ainda não pode ser identificada" lhe informou que os empresários teriam ligação com a máfia portuguesa. Monteiro da Paz disse ter ouvido dessa pessoa que o objetivo da viagem dos portugueses ao Ceará seria instalar uma indústria de fachada para lavar dinheiro. Ele insiste na versão de que seus clientes nada têm a ver com o crime. Para o delegado regional da PF, Francisco Sá Cavalcante, essa história não passa de "cascata" do advogado, que "vem adotando linha de defesa visando confundir a opinião pública e ganhar publicidade". Cavalcante afirmou que a PF não será usada para a defesa dos acusados. Monteiro nega que seja esta sua intenção, e pretende entrar com processo de calúnia contra delegado. O português Luiz Miguel Militão Guerreiro, apontado como mentor intelectual do crime, vive perguntando ao advogado dele, Aldenor Xavier, quando estará em liberdade. Na última sexta-feira, Guerreiro e o segurança Leonardo tentaram fugir da sede da PF. Leonardo quebrou os cadeados de sua cela e da do português. Os dois foram flagrados pelas câmeras internas de vídeo e presos novamente. De acordo com o delegado Cavalcante, Guerreiro teria dito que não desistirá de tentar fugir. O advogado Monteiro da Paz contesta a versão da polícia. Ele disse ter ouvido de seu cliente que foram os policiais que deixaram o cadeado aberto para que Leonardo fosse flagrado pelas câmeras.

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