Dois investigadores da Polícia Civil de Ribeirão Preto e um advogado, que não tiveram seus nomes divulgados, foram presos na tarde da última segunda-feira, 21, acusados de concussão - crime de extorsão praticado por funcionário público. Os três teriam planejado extorquir R$ 3 mil de um homem, morador do Parque São Sebastião, para evitar que fosse denunciado por um suposto furto de rolos de fios de cobre, um crime comum ultimamente em Ribeirão. O delegado seccional Benedito Antônio Valencise disse que as provas contra os três são incontestáveis. O caso de extorsão teria começado uma semana antes, quando os policiais, funcionários da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), trabalhavam no bairro do morador e viram um rolo de fios de cobre no quintal. Eles pediram R$ 3 mil para não acusar e prender o morador por furto. Assustado, ele prometeu arrumar o dinheiro e fazer o pagamento. Porém, procurou um advogado, que levou o caso à Corregedoria da Polícia Civil. Então, o flagrante foi armado na tarde de segunda. Quem foi buscar o dinheiro no escritório do advogado da suposta vítima foi um advogado e não os policiais. O promotor Luiz Henrique Pacini Costa acompanhou os depoimentos após o flagrante e elogiou a atitude da Polícia Civil. Valencise disse que existem provas e documentos que asseguram as acusações. O advogado Belarmino Gregório Santana, pai do advogado detido, alegou que o filho foi vítima de armação da polícia. O advogado foi levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) do município, enquanto os investigadores foram encaminhados ao presídio da Polícia Civil, em São Paulo.