
29 de abril de 2011 | 00h00
Quem vai substituí-lo é seu pai, Alberto Cascais Meleiro, que afirmou ao Estado "trabalhar junto" com o filho. Na ação, o Ministério Público pede que a ex-servidora Amélia Neli Pizzato devolva cerca de R$ 93 mil aos cofres públicos. A denúncia foi aceita em setembro de 2010 e o processo foi aberto. Meleiro disse não tê-lo visto ainda.
Amélia Neli foi lotada no gabinete do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), de 2003 a 2009. Segundo a denúncia da procuradora Anna Carolina Maia, nem ex-chefes de gabinete do senador sabiam quem era ela.
Em depoimento ao Ministério Público, a ex-servidora diz que fazia "pesquisas na internet" e arquivava documentos para o gabinete, mas não apresentou nada que comprovasse o que disse. Cascais diz ter atuado no processo "por amizade, porque ela era sogra de um colega".
Amélia era sogra de Douglas de Felice, então assessor de Renan e hoje no gabinete de Eunício Oliveira (PMDB-CE). Douglas, porém, diz que se separou de Amélia e não tem contato com a família.
Concursado desde 1995, o advogado-geral não vê "nenhuma incompatibilidade" em defender a servidora: "A questão não está no Senado, quem vai julgar é a Justiça." Próximo do presidente José Sarney (PMDB-AP), ele chegou a assinar uma ação em nome do Senado para impedir que o Maranhão retomasse o Convento das Mercês, doado à família Sarney.
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