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Advogado mantém gerente de banco refém no interior de SP

Motivo do ataque seria a demissão da filha, que trabalhou no banco

Por Agencia Estado
Atualização:

Transtornado com a demissão da filha e com o mal-estar da mulher, o advogado Jovino Vieira Pontes, de 51 anos, manteve refém o gerente de banco Edno Antonio Apolinário por quase oito horas, nesta quarta-feira, 1º, em Guaraci, a 476 quilômetros a noroeste de São Paulo. A agência do Bradesco da cidade, onde Apolinário trabalha, passou o dia fechada. Lá dentro, Pontes apontava dois revólveres calibre 22 para a cabeça do gerente. Apolinário foi rendido quando chegava para trabalhar, por volta das 7h30. Pontes desferiu algumas coronhadas no gerente e o obrigou a entrar na agência, onde se trancou com ele. Do lado de fora, a área próxima do banco foi isolada e dezenas de moradores da pequena Guaraci acompanhavam o desenrolar de uma negociação, que teve início às 9 horas e foi encerrada às 13 horas, com a polícia dando prazo de duas horas para o advogado se entregar. Homens do Grupo de Operações Especiais (GOE) se preparavam para entrar na agência, quando o advogado se rendeu, liberou o gerente e saiu, deixando as armas dentro da agência. Pontes foi preso em flagrante por seqüestro, extorsão, lesão corporal dolosa e porte ilegal de armas, cujas penas podem chegar a 30 anos de prisão. Pontes disse ter praticado o crime porque se revoltou com a demissão da filha, Marilisa Pontes, 26 anos, que trabalhava na agência, e com o fato de sua mulher ter passado mal ao saber da demissão. O advogado tem uma dívida de R$ 60 milhões para receber do banco e foi a São Paulo fazer a negociação do pagamento. Na volta, ficou sabendo da demissão da filha e do mal-estar da mulher, pegou dois revólveres, invadiu a agência e fez o gerente refém.

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