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Advogado nega participação de assistente social na morte de Bernardo

Ele sustentou que Edelvânia só ajudou a esconder o corpo do menino de 11 anos porque teria sofrido pressão psicológica da madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, e não por dinheiro

Por Elder Ogliari
Atualização:

PORTO ALEGRE - Constituído na tarde desta terça-feira, 22, o advogado Demetryus Eugenio Grapiglia negou que a assistente social Edelvânia Wirganovicz tenha ajudado a matar o menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, e sustentou que o depoimento que sua cliente deu à polícia de Três Passos (RS) não tem valor legal porque foi prestado sem a presença de um defensor.

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"Ela não confirma o que consta no depoimento, a participação dela se limitou tão somente ao episódio da ocultação do cadáver e não no evento morte (do garoto)", afirmou Grapiglia, à noite, depois de falar com a assistente social no presídio. O advogado sustentou Edelvânia só ajudou a esconder o corpo porque teria sofrido pressão psicológica da madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, e não por dinheiro.

As informações colhidas pela polícia até agora, inclusive algumas do depoimento, indicam que uma câmera de vigilância captou imagens de Graciele e Edelvânia saindo da casa desta, em Frederico Westphalen, acompanhadas de Bernardo e, posteriormente, voltando sem o garoto.

O jornal Zero Hora obteve trecho do depoimento no qual a assistente social disse que participou do crime para receber R$ 20 mil. Bernardo desapareceu dia 4 de abril, depois de viajar com a madrasta de Três Passos para Frederico Westphalen, a 80 quilômetros. O corpo foi localizado enterrado em um matagal por indicação da assistente social no dia 14.

Graciele, Edelvânia e o pai do garoto, o médico Leandro Boldrini, estão presos provisoriamente. A polícia vem manifestando convicção de que os três estão envolvidos com o crime, mas admite que ainda precisa especificar qual foi a participação e a motivação de cada um deles.

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