
22 de setembro de 2010 | 00h00
Panzardi considera que o mesmo tratamento aplicado a Adeildda deve ser dado aos demais servidores. Ela teve seu computador funcional apreendido e periciado. Na petição, Panzardi solicita verificação da base de dados de CPFs e de informações restritas e sigilosas relativas ao imposto de renda ou situação fiscal.
Também quer uma análise do sistema de acessos dos nove servidores no mesmo período vasculhado com relação a Adeildda. "Queremos não só acessos ao sistema da Receita como aos HDs dos servidores para se verificar e-mails trocados e arquivos salvos, algo que dê indícios à materialidade de crime", disse.
Ontem, o analista da Receita Júlio Bertoldo, apontado por Adeildda como o responsável pelo esquema de venda de dados fiscais em Mauá, negou à Polícia Federal envolvimento com o caso. Disse que orientava contadores, mas nunca pediu dinheiro em troca de informações fiscais de contribuintes. O delegado Hugo Uruguai questionou Bertoldo sobre suas relações com o contador Antônio Carlos Atella, que obteve cópia das declarações de renda de Verônica Serra e Alexandre Bourgeois, filha e genro de José Serra (PSDB). O analista disse conhecer Atella, mas refutou que lhe desse privilégios.
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