Advogados acusam policiais de espancamento

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pai e filho, ambos advogados, estão acusando policiais militares da Força Tática do 15º BPMM de Guarulhos de tê-los espancado em um terreno baldio, naquele município da Grande São Paulo. Detidos por desacato, apontam um sargento e quatro soldados como autores da agressão. Os PMs negam e afirmam que os ferimentos exibidos pela dupla resultaram de uma briga com funcionários de uma empresa de ônibus, após um acidente de trânsito. Os advogados José Carlos Pereira da Silva, de 54 anos, e Rodrigo Rossini Pereira da Silva, de 23, eram convidados de um casamento no bairro do Jaçanã, na zona norte de São Paulo. Estavam a caminho da festa, quando um auto Tipo branco, dirigido por um dos padrinhos, Marcelo Prado Dias, colidiu com um ônibus da Viação Vila Galvão, na Av. C, no Parque Continental, próximo à divisa de Guarulhos com São Paulo. Houve dicussão e agressões físicas. Uma guarnição da polícia militar chegou ao local e o cobrador Sílvio Pires de Moraes, de 34 anos, foi socorrido por estar ferido. Segundo os policiais, Rodrigo teria se alterado ao defender Marcelo, apontado como o agressor pelo cobrador. "Ele chegou ofendendo a gente", diz um PM. Já o jovem advogado afirma que um policial o agrediu com um soco na face, razão pela qual foi chamar o pai. Curiosamente, José Carlos Pereira da Silva atua como defensor, na Justiça Militar. Mas, na noite de sábado, revoltado contra o PM que teria socado o filho, perdeu o controle. Segundo testemunhas, ele chegou empurrando os policiais. Foi derubado e bateu com a cabeça na calçada. Em seguida, pai e filho receberam ordem de prisão por desacato. O tenente Carlos Alberto de Souza ordenou a seus comandados que os levassem à delegacia para o indiciamento, mas que antes passassem no Hospital Municipal de Urgência. Ele afirma que pai e filho se feriram brigando com os funcionários da empresa de transportes. Ao chegarem ao DP, algemados, José Carlos e Rodrigo tinham vários ferimentos e hematomas. Foi quando denunciaram os policiais militares de terem parado o camburão num local ermo e os espancado por cerca de cinco minutos. Apontam com agressores o sargento Almeida e os soldados Rogério, Farias, Pinheiro e Vinício, da Força Tática. Além originar um inquérito por abuso de autoridade, instaurado no 1º DP de Guarulhos, o conflito atrapalhou a festa de casamento. Durante toda madrugada de domingo, noivo, noiva, padrinhos e convidados permaneceram na delegacia, aguardando a liberação dos dois advogados.

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