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Advogados envolvidos em ataques do PCC podem ser expulsos da OAB

O presidente nacional da OAB advertiu que os advogados envolvidos no planejamento ou organização dos ataques podem ser excluídos da Ordem

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, disse nesta quinta-feira que se for constatado envolvimento de advogados nos planos ou na organização dos ataques ocorridos em São Paulo, eles podem receber da entidade a pena máxima, que é a exclusão dos quadros da OAB. "Eu não me recordo de uma anarquia de tal ordem, de tal magnitude como foi essa. Portanto, como foi um fato gravíssimo, entendo que temos, apesar de manter a serenidade, ser absolutamente rigorosos na apuração e na penalização de todos os que possam ter contribuído de alguma forma para o que aconteceu na cidade de São Paulo," disse Busato. Nesta quinta-feira será realizada uma entrevista coletiva com o advogado Sérgio Wesley da Cunha, que vem sendo apontado pelo técnico de som Arthur Vinicius Silva de ser um dos envolvidos na compra da gravação pelo PCC da sessão secreta que a CPI do Tráfico de Armas fez, na quarta-feira, com os delegados do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), Godofredo Bittencourt e Rui Fontes. A entrevista será na sede da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp), na Capital. De acordo com a assessoria de imprensa da associação, a entrevista será concedida na sede da entidade porque o advogado de Wesley da Cunha, Ademar Gomes, é o presidente da Acrimesp. Cunha negou envolvimento no caso e informou que não é advogado do líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Ele informou que estava na CPI na quarta-feira, dia 10, porque seu cliente Leandro Lima de Carvalho - preso no início de maio com armamentos de guerra e acusado por policiais do Deic de tentar usar esse arsenal para tentar resgatar Marcola da prisão - depôs nesse dia.

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