PUBLICIDADE

Advogados ligados ao PCC são transferidos após suspeita de resgate

De acordo com o coordenador das Unidades Prisionais do Oeste Paulista, José Reinaldo da Silva, a Polícia Civil descobriu que o PCC preparava um resgate para "queimar arquivos"

Por Agencia Estado
Atualização:

A descoberta de um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para resgatar e assassinar os advogados Eduardo Diamante, Libânia Catarina Fernandes Costa e Valéria Dammous, levou nesta sexta-feira, 14, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) a transferi-los para prisões consideradas mais seguras. De acordo com o coordenador das Unidades Prisionais do Oeste Paulista, José Reinaldo da Silva, a Polícia Civil descobriu que o PCC preparava um resgate para "queimar arquivos" com objetivo de eliminar provas judiciais contra seus integrantes. Libânia e Valéria estavam detidas na Cadeia Feminina de Lucélia, e Diamante, na de Ipê, duas pequenas cidades do Oeste Paulista, que no entendimento da SAP não estavam preparadas para enfrentar uma ação de resgate promovida pelo PCC. Os três advogados foram presos no dia 28 de junho, acusados de colaborar com o crime organizado. Nos depoimentos que deram à polícia eles confessaram a participação de integrantes do PCC em ataques e rebeliões. Valéria e Libânia teriam servido para repassar ordens de motins e ataques e Diamante teria colaborado para introduzir armas e celulares nos presídios. Segundo Silva, o paradeiro dos advogados era considerado sigiloso, mas para se prevenir, a SAP decidiu pela transferência para presídios do sistema estadual, considerados mais seguros. "As cadeias das cidadezinhas não têm estrutura de pessoal e armamento para enfrentar uma ação de resgate de presos", disse. Como não são presos condenados os advogados não podem ficar detidos em penitenciárias, mas segundo Silva, estarão em unidades "mais seguras".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.