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Aécio comemora adesão de Itamar à campanha de Alckmin

"O ex-presidente Itamar é uma grande liderança nacional e ele nos disse que está absolutamente disposto a participar da campanha de Alckmin e dar a ela todo o seu suporte"

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse nesta quarta-feira, 02, que a adesão do ex-presidente Itamar Franco (sem partido) à candidatura à Presidência do tucano Geraldo Alckmin "já incomodou" o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disputa a reeleição. "O ex-presidente Itamar é uma grande liderança nacional e ele nos disse que está absolutamente disposto a participar da campanha de Alckmin e dar a ela todo o seu suporte", disse Aécio, ao ser questionado sobre a notícia de que a coordenação de campanha de Lula recomendou que o vice, José Alencar, viaje mais para Minas. A estratégia teria como objetivo neutralizar o apoio de Itamar e reverter uma tendência de queda de Lula - e crescimento de Alckmin - no segundo maior colégio eleitoral do País, já que a candidatura de Nilmário Miranda (PT) ao Palácio da Liberdade não decola. O apoio anunciado pelo ex-presidente está sendo considerado uma prova definitiva de engajamento de Aécio na campanha de Alckmin. Candidato à reeleição e exibindo índices de mais de 70% das intenções de voto, segundo pesquisas eleitorais mais recentes, o governador mineiro já foi acusado por correligionários de não se empenhar tanto na campanha do colega paulista. Nesta quinta-feira, Alckmin, Aécio e o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, participam de um seminário sobre saúde na capital mineira. Itamar também deverá participar do evento, disse o governador. "Estará presente e estará caminhando conosco por Minas e até, eventualmente, nos eventos fora daqui". Reeleição Aécio voltou a garantir que não discutiu com Alckmin o fim da reeleição, proposta que ele defende, mas encontra resistência no candidato à Presidência. "Isto não é um tema para agora. Isto não será resolvido agora". De acordo com o governador sua posição não muda "em absolutamente nada" na forma de fazer campanha para Alckmin. "O Congresso, no momento adequado, irá discutir esta matéria. Não acredito, inclusive, que seja neste ano. Mas, no futuro, se mantida a reeleição e o candidato Alckmin vencer as eleições, ele tem todo o direito de disputar a reeleição". Aécio, mais uma vez, ressaltou que não pretende transformar a campanha deste ano em uma "guerra". Disse que manterá um comportamento sereno e tranqüilo em relação aos adversários no governo federal, citando o vice-presidente da República. "É natural que o vice-presidente José Alencar participe da campanha. E será sempre por mim recebido com toda a cordialidade e respeito que ele merece. Não vamos transformar a campanha numa guerra, porque não é. Um dia a campanha acaba e nós continuamos aqui, vivos e tendo que responder às nossas responsabilidades, tendo que cuidar do Estado e das pessoas", afirmou.

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