Aeromoça do voo morou na Argentina

Clara Mar Amado viveu durante 12 anos na cidade de Mendiolaza

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Por Ariel Palacios e BUENOS AIRES
Atualização:

O cônsul da França na Argentina, Miguel Ángel Hildman, anunciou ontem que uma das integrantes da tripulação do voo 447 da Air France tinha nacionalidade argentina. Ele não revelou a identidade da aeromoça, "por respeito à família", que "está vivendo um momento muito difícil". Poucas horas depois, a imprensa em Buenos Aires descobriu se tratar de Clara Mar Amado, nascida na cidade espanhola de Málaga. Ela era filha de um casal de argentinos que havia migrado para a Espanha há quase quatro décadas. Clara, de 32 anos, morava em Paris havia vários anos, onde trabalhava para a Air France. Seus vínculos com a Argentina eram fortes, uma vez que, pouco depois de nascer, seus pais retornaram ao país. Na Argentina, Clara morou por 12 anos na cidade de Mendiolaza, na Província de Córdoba. Em 1989, voltou à Espanha. Posteriormente, mudou-se para a França, onde também vivem seu pai e três irmãos. Clara esteve pela última vez na Argentina em janeiro, quando visitou o país nas férias e foi ao casamento de sua irmã Gabriela. A Chancelaria argentina emitiu ontem à tarde um comunicado no qual expressa "profunda consternação" pelo desaparecimento do voo 447 da Air France. A Chancelaria lamenta o desaparecimento de Clara e do argentino Pablo Gabriel Dreyfus, de 38 anos, especialista em desarmamento e integrante da ONG Viva Rio. Dreyfus morava havia vários anos no Brasil, onde participou ativamente de programas para a redução da violência urbana. Era casado com a brasileira Ana Carolina Rodrigues, de 29 anos, que estava no Airbus.

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