Aeronautas e aéreas voltam a se reunir; greve é considerada
Audiência de conciliação no TST, em Brasília, está marcada para as 10 horas desta quarta-feira; trabalhadores querem 11% de reajuste
PUBLICIDADE
Por Luciana Collet (Broadcast) e Monica Reolom
Atualização:
SÃO PAULO - Aeronautas (pilotos e comissários) e aeroviários (agentes em terra) voltarão a se reunir com empresas aéreas nesta quarta-feira, 17, para tentar dar fim às negociações de reajuste salarial, que se estendem desde o fim do ano passado. O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) disse que não descarta voltar a fazer greve se a proposta de reajuste de 11% não for aceita. As empresas informaram que vão aguardar um posicionamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) durante a audiência de mediação prevista para as 10 horas desta quarta, em Brasília.
"Não dá para flexibilizar mais do que isso", afirmou o presidente do SNA, Adriano Castanho, sobre a reivindicação de reajuste de 11% (índice arredondado do Índice Nacional de Preço do Consumidor) nos salários e benefícios, desde que retroativo à data-base (1° de dezembro). As companhias sugerem pagamentos parcelados por faixas salariais e não retroativos. "Poderíamos constituir uma proposta parcelada desde que haja compensação retroativa", disse Castanho.
Paralisação de aeroviários e aeronautas
1 / 17Paralisação de aeroviários e aeronautas
Ato no Aeroporto de Congonhas
Pilotos de avião, comissários e agentes em terra fizeramuma paralisação parcial em 12 aeroportos brasileiros Foto: Rafael Arbex/Estadão
Ato no Aeroporto de Congonhas
No Aeroporto de Congonhas, houve filas de passageiros com os voos cancelados desde o início da manhã Foto: Rafael Arbex/Estadão
Ato no Aeroporto de Congonhas
A reclamação geral dos passageiros é a de falta de informações Foto: Rafael Arbex/Estadão
Ato no Aeroporto do Galeão
Dos seis voos programados das 6 horas até as 7h20 no Galeão, quatro estavam atrasados e um foi cancelado Foto: Constança Rezende/Estadão
Ato no Aeroporto de Congonhas
Como as empresas aéreas ofereceram reajuste parcelado (3% em fevereiro de 2016, 2% em junho e 6% em novembro) e não retroativo, a categoria decidiu re... Foto: Rafael Arbex/EstadãoMais
Ato no Aeroporto de Congonhas
'Nós já flexibilizamos nossa proposta em assembleia, e baixando a reivindicação de aumento de 12% para 11%', disse o presidente da Federação Nacional ... Foto: Rafael Arbex/EstadãoMais
Ato no Aeroporto de Congonhas
Painel indica voos atrasados e cancelados em Congonhas Foto: Rafael Arbex/Estadão
Ato no Aeroporto de Congonhas
As empresas aéreas informaram que ações de contingência foram adotadas para minimizar o impacto na operação aérea e manter a normalidade do sistema Foto: Rafael Arbex/Estadão
Ato no Aeroporto de Congonhas
Com megafone e faixas, aeronautas e aeroviários protestam no Aeroporto de Congonhas Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press
Ato no Aeroporto de Congonhas
Saguão do Aeroporto de Congonhas foi tomado pelos aeroviários e aeronautas Foto: Rafael Arbex/Estadão
Ato no Aeroporto do Galeão
No Rio, a greve provocou atraso de praticamente todos os voos domésticos do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, na zona norte Foto: Constança Rezende/Estadão
Ato no Aeroporto de Congonhas
A paralisação atingiu os Aeroportos de Congonhas (foto) e Cumbica, em São Paulo, Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro, Viracopos, em Campinas, Po... Foto: Rafael Arbex/EstadãoMais
Ato no Aeroporto de Congonhas
O Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) reivindica 11% de reajuste, que se refere à reposição da inflação no período de 1º de dezembro de 2014 a 1º... Foto: Rafael Arbex/EstadãoMais
Ato no Aeroporto de Congonhas
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) havia determinado que os sindicatos mantivessem um efetivo mínimo de 80% dos funcionários para evitar transtorno... Foto: Rafael Arbex/EstadãoMais
Ato no Aeroporto de Congonhas
Passageira é atendida no Aeroporto de Congonhas Foto: Rafael Arbex/Estadão
Ato no Aeroporto de Congonhas
Manifestantes carregam bandeiras do Brasil Foto: Rafael Arbex/Estadão
Ato no Aeroporto de Congonhas
A greve durou cerca de duas horas Foto: Rafael Arbex/Estadão
PUBLICIDADE
A direção do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários) afirmou esperar que o "impasse nas negociações" seja resolvido nesse encontro, "não sendo necessário o apelo para um novo movimento dos trabalhadores".
As empresas aéreas também esperam sair com um acordo da audiência de conciliação, disse o representante das companhias Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). De acordo com ele, a expectativa é de que o ministro Ives Gandra, do Tribunal Superior do Trabalho, ofereça uma proposta. "Ele tem ouvido as nossas demandas e também as demandas dos aeronautas, e pelo que entendemos oferecerá uma proposta", afirmou Sanovicz.
A audiência foi marcada depois da greve nacional de duas horas realizada no dia 3 de fevereiro, que atingiu 12 aeroportos do País.