Aeronáutica aquartela controladores de vôos em Brasília

Medida emergencial foi tomada para acabar com os atrasos de vôos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Comando da Aeronáutica decidiu aquartelar todos os controladores e militares que trabalham no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Trafego Aéreo (Cindacta 1), em Brasília, inclusive os 150 funcionários que foram intimados a permanecerem em seus postos de trabalho, no dia 2 de novembro, feriado de Finados, quando houve o apagão aéreo. A medida emergencial foi tomada para evitar atrasos nos vôos nos principais aeroportos do País no feriado desta quarta-feira. A justificativa para a decisão foi a apresentação de um número significativo de atestados médicos por controladores, mas a Aeronáutica não informou quantos. Ao serem convocados, os militares são informados de que devem levar roupas de cama e objetos pessoais porque não há previsão de quanto tempo eles ficarão dentro do Cindacta 1. Desde domingo, quando dois controladores se ausentaram do trabalho por problemas de saúde e pessoais, voltaram a ocorrer atrasos de vôos nos principais aeroportos do País. Na segunda-feira, 13, a ministra Dilma Roussef, da Casa Civil, convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto, que durou cerca de três horas e meia, para saber o motivo dos recentes atrasos nos aeroportos. Depois da reunião, a Casa Civil distribuiu uma breve nota dizendo que a ministra determinou que fossem adotadas "medidas necessárias para sanar no menor tempo possível" o problema. Mas não informou que medidas seriam essas. Na segunda, os funcionários do Cindacta começaram a ser convocados para comparecer a uma reunião nesta terça. E todos os que chegavam iam sendo avisados que não iam sair mais, que estavam aquartelados, repetindo a operação do dia 2 de novembro. A Aeronáutica não confirma que a decisão de aquartelamento do seu pessoal foi tomada como decorrência da reunião com a ministra Dilma, na qual o comandante da força, brigadeiro Luiz Carlos Bueno estava presente. Informa apenas que a decisão foi tomada nesta terça. Atrasos Os atrasos continuam nesta terça-feira, mas em um ritmo menor. Até às 17h30, de acordo com balanço divulgado pela Infraero, empresa que administra 68 aeroportos no País, 34,8% ou 407 de um total de 1.170 vôos programados partiram com atraso. Na segunda-feira, até este mesmo horário, foram registrados 428 atrasos ou 41,8% de 1.022 vôos. Na contabilização, são consideradas somente as decolagens de aeronaves da aviação regular e os atrasos além de 15 minutos que podem ocorrer por motivos diversos como problemas meteorológicos, técnicos (da própria companhia aérea) e, eventualmente, por problemas no tráfego aéreo. A situação continuava mais complicada nos aeroportos do Rio por volta das 17h30. No Aeroporto Internacional do Galeão, havia sete vôos atrasados - 6 chegadas e uma partida. A situação melhorou em comparação com o balanço das 15 horas, quando foram registrados 11 vôos atrasados - 6 pousos e 5 decolagens.Pela manhã os atrasos chegaram a 18. No Aeroporto de Santos Dumont, havia 4 atrasos, número abaixo ao registrado às 15 horas, quando havia 9 atrasos. No Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, por volta das 17h30 havia atraso em 15 desembarques e 11 partidas. Durante a manhã foram 17 atrasos. No Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, havia 11 atrasos - sete chegadas e quatro partidas. Até às 11 horas, foram confirmados 15 atrasos - nove pousos e oito decolagens. Em Brasília, eram registrados 4 atrasos, a mesma situação registrada pela manhã.

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