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Aeronáutica rebate acusações feitas por piloto colombiano

Gomes disse que o controlador de vôo não sabia falar inglês

Por Agencia Estado
Atualização:

O Comando da Aeronáutica rebateu as acusações feitas pelo piloto colombiano Alexander Gomes, que trabalha para uma empresa de transporte de cargas norte-americana e que auxiliou na comunição entre o piloto do Legacy e o controlador da torre da Base Aérea de Cachimbo. Na entrevista concedida à TV Record, o piloto colombiano disse que o controlador de vôo de Cachimbo não sabia falar inglês e nem o tamanho da pista onde o Legacy pousaria, necessitando de sua intermediação para que ele conseguisse compreender o que dizia o piloto norte-americano e que o pouso fosse realizado com sucesso. Em nota oficial, o Centro de Comunicação da Aeronáutica informou que "o Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), organização do Comando da Aeronáutica localizada na serra do Cachimbo, não prevê a operação de tráfego civil nem é um aeroporto internacional". A nota acrescenta que "por este motivo, os controladores que atuam na unidade não têm obrigatoriedade de utilizar a língua inglesa, diferentemente do que ocorre em aeroportos que operam linhas internacionais". A Aeronáutica sugere, de acordo com a nota, que o piloto colombiano do avião de cargas mais atrapalhou do que ajudou na intermediação da conversa entre o piloto americano e controlador de Cachimbo. "Em relação a uma suposta falta de entendimento entre o piloto do Legacy e o controlador de Cachimbo que atendeu ao chamado de emergência, há que se considerar a possibilidade de ter havido um "conflito de comunicação", uma vez que o piloto do Legacy falava ao mesmo tempo que o piloto que fazia a ponte e o controlador que buscava orientar o pouso em segurança no aeródromo militar", diz a FAB, que elogia a atuação do seu controlador. "É necessário destacar que somente com o auxílio do referido controlador de Cachimbo foi possível ao Legacy pousar com segurança", prosseguiu a nota. A Aeronáutica encerra sua nota negando que possa existir uma "suposta dificuldade de comunicação na Amazônia". A FAB informa ainda na nota que "após o acidente, um avião-laboratório fez uma avaliação de todo o sistema de controle de tráfego aéreo e confirmou que não houve qualquer irregularidade".

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