Aeroporto volta a provocar medo

Por segurança, passageiros evitam aeroporto

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Por Valéria França e SÃO PAULO
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Eles integram um time de brasileiros que depende do transporte aéreo para trabalhar e que nunca teve medo de andar de avião. Mas, quando são obrigados a pousar ou decolar no Aeroporto de Congonhas, a sensação é outra. "Bate uma forte insegurança", diz o estilista Mario Queiroz, que toda semana cruza o País para dar palestras, visitar fornecedores e fechar patrocínios. "Guarulhos inspira mais confiança. A pista é maior e não parece que o avião vai cair em cima de um prédio." Apesar de o acidente com o bimotor, anteontem, não ter causado grandes estragos, ele impressionou. "É de arrepiar ver na TV a imagem do bimotor pendurado, quase caindo de bico numa das avenidas mais movimentadas da cidade", diz o músico Bruno Medina, do grupo Los Hermanos. Quando a designer pernambucana Renata Mahaz, de 28 anos, vem a São Paulo, se hospeda num hotel nos Jardins, zona sul. "Descendo em Congonhas, Recife fica até perto. São três horas de viagem e 15 minutos de táxi até o hotel. Mas agora só pouso em Guarulhos, mesmo custando uma hora a mais de percurso." Nem sempre dá para escapar de Congonhas. No sábado, Medina, que mora no Rio, vai para Cuiabá, com o show Maré, de Adriana Calcanhotto. "Minha conexão será em Congonhas. Não vai ter jeito. Vou ter de fazer figa."

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