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Aeroportos registram atrasos e passageiros causam tumulto

Espera chega a 15 horas no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio

Por Agencia Estado
Atualização:

A segunda-feira amanheceu caótica em aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. No Aeroporto Internacional Tom Jobim, por exemplo, passageiros que viajariam para Luanda tiveram que esperar cerca de 15 horas para embarcar. De acordo com a Polícia Militar, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, cerca de 500 pessoas promoveram uma manifestação. Segundo uma passageira, um policial teria sacado uma arma para intimidar os manifestantes. Em Curitiba, 80 passageiros também protestaram e invadiram a pista do Aeroporto Afonso Pena, de onde foram retirados pela Polícia Federal. As causas do transtorno ainda não são claras. Neste domingo, a chuva que atingiu a capital paranaense causou o rompimento de um cabo de fibra ótica e gerou problemas no Centro Integrado de Defesa e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) II. No entanto, as companhias alegam apenas que os atrasos foram causados pelo mau tempo e por problemas operacionais. Às 10 horas da manhã, o saguão do Aeroporto Tom Jobim, no Rio, estava lotado de passageiros que tentavam fazer o check-in. Alguns vôos não tinham previsão para decolar e outros estavam partindo com cinco horas de atraso. No Aeroporto Santos Dumont, somente um vôo havia sido cancelado e outro estava com a partida atrasada. No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, alguns passageiros tiveram que aguardar mais de 12 horas para embarcar. Em Congonhas, um vôo que partiria para Florianópolis às 22h20 de domingo foi transferido para Guarulhos e só deve decolar à 1h30 da madrugada desta terça. Em Brasília, no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, a situação também estava complicada. Até às 10 horas, 34 vôos estavam atrasados, sendo 21 chegadas e 13 partidas. Um vôo que decolaria às 23 horas de domingo para São Luís (MA), só deixou a capital federal às 6h40 desta segunda-feira. Passageiros indignados Além dos atrasos, os passageiros reclamam da falta de informações por parte das companhias aéreas, que também não providenciaram comida, nem hotéis para que eles pudessem descansar. A médica Marli Alves Corrêa estava nesta manhã no Aeroporto Internacional de São Paulo e teve dificuldades para embarcar. "Eu deveria ter embarcado às 22h15 de ontem para Campo Grande, em Congonhas, mas quando chegamos lá já havia atraso de mais de duas horas", contou. "Por volta da zero hora, informaram que o vôo não mais sairia de lá, mas, sim, daqui de Guarulhos". Marli relatou que, diante da revolta de outros passageiros, um policial federal teria sacado uma arma para intimidar as pessoas que buscavam por informações nas salas de embarque. No Aeroporto Internacional Tom Jobim, o gerente-comercial Gilberto Vilaça, de 38 anos, que deveria ter embarcado às 10 horas, em um vôo da Gol com destino à capital paulista, culpava a companhia: "Tenho uma convenção em São Paulo, que vai reunir funcionários do Brasil inteiro", disse. "Estou tentando mudar para outra empresa". Chuva em São Paulo A chuva que atingiu a capital paulista na noite deste domingo e na madrugada desta segunda-feira também contribui para o caos nos aeroportos da cidade. Por volta das 22 horas do domingo, o clima entre os passageiros em Congonhas era muito tenso. Como muitas pessoas não conseguiram embarcar até à 1h30, passageiros dormiram no saguão. A chuva fez ainda com que a pista de Congonhas ficasse fechada por cerca de 20 minutos, por causa do acúmulo de água. A derrapagem de um pequeno jato particular também contribuiu para atrasos nas operações de pousos e decolagens. Matéria atualizada às 10h30

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