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Aeroportos têm o segundo pior dia desde o início da crise

Avaliação é da Infraero que identificou como um dos principais problemas a venda exagerada de passagens pela TAM, ocorrendo overbooking em alguns vôos

Por Agencia Estado
Atualização:

A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) avaliou que esta sexta-feira,22, foi o segundo pior dia nos aeroportos brasileiros desde que a crise se abateu na aviação brasileira, depois do acidente com o jato Legacy e o Boeing da Gol, em 29 de setembro, que causou a morte de 154 pessoas, no Mato Grosso. A situação nos aeroportos nesta sexta, segundo a Infraero, só perde para a chamada "terça-feira negra", quando houve uma pane no sistema de comunicação dos controladores de vôo no Centro de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta-1), em Brasília, levando a Aeronáutica a adotar esquema de alerta especial e a abrir investigação para apurar responsabilidades. Um dos principais problemas identificados nesta sexta, segundo a Infraero, foi a venda exagerada de passagens pela TAM, ocorrendo overbooking em alguns vôos. Além disso, seis aeronaves da companhia foram retiradas para manutenção não programada. Os atrasos de vôos da TAM, em Brasília, são de mais de 3 horas. A previsão de embarques em Brasília, até o Natal, é de cerca de 34 mil pessoas, um número 12% maior do que em 2005. A Infraero assegura que não existem problemas técnicos no sistema de controle de vôos nos aeroportos brasileiros. Desta vez o problema, segundo a Infraero, é de responsabilidade exclusiva das companhias aéreas. Invasão Um grupo de 30 passageiros da TAM, procedente de São Luiz, invadiu a pista do aeroporto de Brasília, em protesto contra os atrasos. O vôo 9051 saiu de São Luiz (MA) no horário, às 7 da manhã, e chegou a Brasília por volta das 11 horas, com pouco mais de 50 passageiros. Eles foram retirados do avião com a indicação de que o aparelho ia passar por algum tipo de manutenção. Mas cerca de 30 passageiros se rebelaram e correram para o meio da pista. A Infraero acionou a Polícia Federal e o Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial. O grupo, porém, não foi indiciado, em razão da crise.

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