23 de julho de 2010 | 16h21
SÃO PAULO - O agente penitenciário suspeito de fazer um vídeo do goleiro Bruno Fernandes, afastado do Flamengo, dentro da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, em Minas Gerais, foi ouvido na tarde desta sexta-feira, 23, na corregedoria da Secretaria de Defesa Social (Seds). As imagens foram divulgadas na quinta-feira, 22, no canal SBT.
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Na gravação, Bruno afirma que vai processar o Estado. "Tá acabando o prazo deles. Eu acho que vou processar o Estado, por tudo o que fizeram comigo... Eu perco de um lado e ganho de outro. Só que eu perdi mais que ganhei", disse.
Segundo o órgão, um processo administrativo foi aberto para apurar o caso. O agente terá cinco dias para apresentar explicações. Se confirmada a denúncia contra o agente, ele pode ser demitido, pois ele não é concursado. O funcionário trabalha há cerca de três anos no sistema prisional.
Bruno é suspeito de ter envolvimento no sumiço da sua ex-amante Eliza Samudio, de 25 anos. A jovem tentava provar na Justiça que o atleta é pai de seu filho de quatro meses.
Recorrente. Não é a primeira vez imagens de Bruno preso vazam para a televisão. Outro vídeo foi exibido na TV Globo no programa Fantástico, no domingo, 18. Nessas imagens, eles comenta sobre o desaparecimento de Eliza.
A gravação feita por um investigador de polícia foi realizada no interior da aeronave que transportou Bruno do Rio de Janeiro para Belo Horizonte, na noite de 8 de julho. A Polícia Civil informou que a filmagem, registrada em uma máquina fotográfica digital, serviria como registro da operação.
A investigação preliminar da Corregedoria Geral de Polícia não apontou o responsável pelo vazamento do vídeo para a imprensa. O prazo para a conclusão do inquérito policial é de 30 dias.
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