PUBLICIDADE

Agentes penitenciários param por 24 horas no Rio

Por Agencia Estado
Atualização:

Agentes do Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe) fizeram nesta quarta-feira uma paralisação de advertência de 24 horas. Eles exigem que o governo promova um concurso público ? o déficit de agentes penitenciários é de 3.200 homens, segundo a categoria ?, e aumente o vencimento base de R$ 151 para R$ 200, valor do salário mínimo nacional. ?Como esse é um governo provisório, tampão, não estamos pedindo o plano de cargos e salários porque sabemos que não haverá tempo hábil para negociar, mas queremos o reajuste e o concurso?, afirmou o presidente do sindicato dos agentes, Josias Bello. O Desipe tem hoje cerca 5.000 homens para cuidar de uma população carcerária de 17 mil presos em 33 unidades. Eles recebem R$ 1.440 mensais ? o piso, acrescido de gratificações. Se o governo conceder o reajuste pedido pela categoria, esse valor chega a R$ 1.650. O vencimento é o mesmo para todos os níveis da carreira. O diretor-geral do Desipe, Edson de Oliveira Rocha Júnior, disse que as reivindicações são ?justas?. ?O governo sabe que o pleito deles é justo, mas é preciso saber se há condições para atendê-los. Mas o momento da paralisação é inoportuno porque esse governo acabou de assumir. Eles deveriam reivindicar de outras formas?, afirmou. A paralisação dos agentes suspendeu visitas aos presos e ingresso de advogados nos presídios. A escolta externa ? acompanhamento de presos com consulta médica marcada, transferências, e audiências na Justiça ? também não ocorreram. Foram mantidos os serviços considerados essenciais: custódia dos presos, distribuição das refeições, atendimento médico emergencial e cumprimento de decisões judiciais. Não foram registrados incidentes nos presídios durante o período da paralisação, de acordo com o sindicato e com a direção do Desipe. De acordo com Josias Bello, se as exigências da categoria não forem atendidas, os agentes podem entrar em greve por tempo indeterminado. Eles se reúnem na próxima terça-feira, em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo, para definir os rumos do movimento.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.