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Água devasta 30 km de floresta

Rompimento de barragem deixou população em alerta

Por Nilton Salina e PORTO VELHO
Atualização:

O rompimento da barragem da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Belém, na tarde de anteontem, em Vilhena (RO), a 520 quilômetros de Porto Velho, causou danos ambientais em uma faixa de 30 quilômetros na Floresta Amazônica, segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam). Equipes do governo, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil sobrevoaram ontem a área para avaliar os impactos ao ambiente. Os bombeiros garantem que não há vítimas, mas as buscas continuam entre a barragem da PCH Rondon II, onde o grande volume de águas foi contido, e a PCH Belém. Anteontem, logo após o acidente, foi montada uma operação para retirar as famílias dos locais de risco. Cerca de 70 foram encaminhadas a abrigos improvisados em escolas de Pimenta Bueno, o município mais ameaçado, a 132 quilômetros da barragem. A maioria já retornou às casas. O governador de Rondônia, Ivo Cassol, confirmou ontem que houve falha na obra da barragem. Ele criticou os representantes da empresa responsável, o Fundo de Pensão Serra Carioca, que estiveram dois dias antes no local e não tomaram providências. "Agora o prejuízo material é gigante." Representantes da Serra Carioca chegaram ontem a Vilhena, mas não falaram com a imprensa. O acesso dos jornalistas ao local do acidente foi proibido pela empresa.

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