Diferentes tipos de artesanato, de todos os cantos do Brasil, serão os personagens principais do desfile da Águia de Ouro. Cada uma das 25 alas da escola vai representar o tipo mais marcante de trabalho artesanal dos Estados brasileiros.O Pará, por exemplo, mostrará a cerâmica marajoara. Já o Acre terá representado o artesanato feito com a borracha da seringueira. Tudo com muito luxo e, principalmente, dedicação aos foliões. ´Vamos mostrar que todo o trabalho que fazemos é em homenagem àqueles que vão para a avenida curtir o Carnaval´, afirma Victor Santos, carnavalesco da Águia.Mas a surpresa da escola vai ficar por conta da bateria. Os ritmistas sairão logo atrás da comissão de frente. Segundo o carnavalesco, é a primeira vez que uma bateria sai antes do carro abre-alas. Alguns integrantes farão ainda coreografias à frente do recuo.A comissão de frente também será diferente. Apenas bailarinas clássicas farão parte do grupo. ´Serão 14 águias de ouro e um homem de barro´, conta Victor. Outra novidade vai ser a atuação do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. Mas nesse caso, como bom profissional do samba, o carnavalesco não dá pista do que vai acontecer. ´Algumas coisas só vão ser mostradas na avenida.´Os carros alegóricos vão mostrar os quatro tipos de inspiração para a criação do artesanato: a floresta, a fé, as festas e o Carnaval. O abre-alas é um resumo da atividade artística. ´Queremos deixar claro que a arte é uma necessidade humana´, diz Victor.O último carro também será destaque. A alegoria que representa o Carnaval vai homenagear São Paulo e Rio de Janeiro, Estados que não estão representados nas alas. ´Quer arte mais representativa desses dois lugares do que o Carnaval?´, pergunta Victor. É nesse carro que a Velha Guarda da agremiação vai sambar. Os 35 componentes do grupo desfilarão pela primeira vez em cima de um carro.