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AIB paga e Lerner projeta Nova Luz

Por Bruno Paes Manso
Atualização:

Bancado pela Associação Imobiliária Brasileira (AIB), por incorporadoras e construtoras de São Paulo, o urbanista Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná, fez um projeto para a revitalização da região da Nova Luz, no centro. Uma torre com mais de 200 metros e 80 andares, um bulevar na Rio Branco com edifícios altos e 16 quadras com prédios de uso misto e altura máxima de 8 pavimentos estão entre as propostas. Na quarta-feira, a Câmara Municipal aprovou projeto de lei que permite a concessão urbanística para terceiros fazerem a revitalização. A Prefeitura pretende fazer uma licitação ainda neste ano para o projeto urbanístico. O estudo de Lerner, bancado pela associação do setor imobiliário, foi "um exercício para saber sobre a viabilidade econômica da região", segundo os patrocinadores. "Não é a Nova Luz que vai garantir o lucro do setor imobiliário no centro, uma vez que é uma área relativamente pequena, com pouco mais de 200 mil m². O mercado está interessado nos efeitos de um bom projeto no entorno", diz o engenheiro Cláudio Bernardes, vice-presidente do Secovi (sindicato da habitação) e integrante do Conselho Fiscal da AIB. Os estudos de Lerner para a Cracolândia começaram depois de uma reunião organizada há dois anos pela Prefeitura, na Sala São Paulo, no centro, com incorporadores e construtores. A intenção era ouvir sugestões dos empresários para tirar do papel a Nova Luz. "Existiam diversos entraves. A partir das conversas entre empresários e Prefeitura, começaram a ser pensados alguns pontos do modelo de concessão que acabou aprovado. Coube ao Jaime Lerner pensar a região ?urbanisticamente?", diz Bernardes. O secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, diz que a Prefeitura já está em fase adiantada para finalizar as diretrizes da concorrência para contratar "um nome consagrado, um profissional de nível alto, compatível com os desafios da região". Conforme adiantou o Estado, a intenção da Prefeitura é permitir que grandes escritórios internacionais possam participar da licitação. Lerner teria de participar da concorrência.

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