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Ainda é grave estado de menina ferida por bomba

Por Agencia Estado
Atualização:

Ainda é grave o estado de saúde da menina Ingrid Ferreira Gama, de 3 anos, filha de um preso da Penitenciária do Estado. Ingrid foi atingida por uma bomba de efeito moral no domingo à noite, quando a Tropa de Choque da Polícia Militar invadiu a unidade para conter a rebelião realizada pelos detentos a mando da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A menina estava no colo da mãe, Rosana Ferreira Gama, que teve parte dos dedos da mão direita arrancados pela explosão. Rosana também sofreu queimaduras no rosto e no pescoço. Mãe e filha estavam com outros parentes de presos e agentes penitenciários mantidos reféns pelos amotinados. Segundo Rosana, a polícia entrou atirando bombas de gás e disparando tiros de balas de borracha. Seu marido, o presidiário Luiz Fernando Souza foi ferido na perna por uma dessas balas. Muito nervosa, Rosana contou que os presos já tinham se rendido antes de a polícia entrar em ação. "Não tinha necessidade de tanta violência." Rosana conta que na confusão muitas pessoas ficaram feridas. "Foi uma correria, quase morri de susto quando olhei para minha filha e vi aquela quantidade de sangue." A mulher do preso disse que se esqueceu dos ferimentos na mão e saiu correndo ao encontro da polícia, pedindo socorro. Ingrid estava desmaiada. A menina foi levada para a Santa Casa de Misericórdia, no centro da cidade, onde permanece internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Segundo boletim médico, o estado de Ingrid é instável. Ela sofreu contusões no tórax, rosto e problemas graves no pulmão por causa da inalação do gás. Ingrid passou por uma cirurgia na face em conseqüência das queimaduras e respirava por aparelhos. A advogada de Rosana, Fabiana Ferreira, disse que a família vai entrar com uma ação de indenização contra o governo do Estado. "Esse caso não vai ficar assim", ameaçou a mãe da menina.

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