Alckmin critica ameaça de greve em penitenciária

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Por Agencia Estado
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin(PSDB), criticou hoje a intenção manifestada por funcionários da Penitenciária Estadual Danilo Pinheiro, em Sorocaba, que ameaçaram entrar em greve. "Não tem nenhuma greve. Além disso, o agente penitenciário que tiver medo de preso tem que buscar outra profissão porque está na profissão errada", disse Alckmin. O grupo de funcionários - são agentes penitenciários e da administração - alega que não há segurança no local de trabalho já que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) controla a penitenciária. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, Nilson de Oliveira, os presos agridem funcionários e mandam na unidade. Em relação à rebelião ocorrida ontem, em Osasco, no Centro de Detenção Provisória 1, Alckmin disse que foi apenas uma "bagunça". "O governo agiu mais uma vez com firmeza, impediu a tentativa de resgate de presos e o assunto foi resolvido", completou. Alckmin admite que não é ideal a transferência de presos condenados para centros provisórios, como no caso específico dos 450 presos da Cadeia de Pinheiros levados para o CDP 1 de Osasco. "A medida que as penitenciárias forem ficando prontas, vamos separando. Mas no caso do CDP 1 de Osasco não havia superlotação: a capacidade é para até 820 presos e havia 920, é 15% a mais, o que é razoável", explicou Alckmin. Segundo Alckmin, uma das prioridade do governo paulista nessa área é diminuir o execesso de presos nos distritos. "Hoje, a Secretaria de Segurança Pública tem 32 mil presos, já esteve com 34 mil, mas a meta é chegar aos 28 mil", disse Alckmin. O resto da população carcerária, cerca de 70 mil detidos, já condenados, são da Secretaria da Administração Penitenciária. "Estamos trabalhando para isso, é um processo permanente que vem reduzindo a superlotação dos distritos. O que atrapalhou é que nos últimos 60 dias prendemos três mil pessoas", disse Alckmin. Ele não acredita, no entanto, que juntar presos condenados com os que estão em regime provisório (nos CDPs e nos distritos) induza à rebeliões.

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