Alckmin defende ação da PM na Febem

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Por Agencia Estado
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu hoje a ação da polícia para acabar com a rebelião de domingo na unidade da Febem de Franco da Rocha. Segundo ele, a rebelião não ocorreu por causa da superlotação, nem foi um movimento iniciado internamente. "O que houve foi uma tentativa de resgate, um ataque à unidade realizado por cinco resgatadores armados, três deles maiores de 18 anos", disse Alckmin. A partir dessa tentativa, segundo Alckmin, o que aconteceu dentro da unidade foi a morte de um funcionário desarmado e o espancamento de outros. "Não havia negociação, não havia pleito. Se tentou um resgate e se criou uma situação com morte. O que a polícia tinha a fazer? Tinha que entrar e regularizar a situação de risco dos reféns", disse Alckmin. Segundo ele, a Tropa de Choque entrou para evitar uma tragédia maior. Alckmin disse ainda que a unidade de Franco da Rocha está numa situação considerada de transição e que apesar de ser uma unidade grande não pode ser desativada imediatamente. Ele disse que a situação mais grave era a da unidade da Imigrantes, que já foi desativada. Nesta terça-feira haverá uma reunião para determinar o destino da área da Imigrantes. Alckmin informou que estão sendo construídas novas unidades da Febem e que até o meio do ano doze delas, com capacidade para abrigar 72 menores, já estarão prontas. O objetivo dessas novas unidades no interior do Estado é o de deixar os menores próximos as suas famílias e dos locais onde foram cometidos os delitos. Nas novas unidades também haverá a separação dos menores por faixas etárias e grau do delito. Também será adotada uma agenda educativa. Alckmin rebateu a notícia de que haveria superlotação na unidade de Franco da Rocha. A capacidade do local é para 480 menores e, segundo Alckmin, a unidade abrigava 320, separados em oito alas de 60 menores. O governador negou, baseado em informações da Febem, que tenha ocorrido fuga ou resgate de menores. Ele disse ainda que quatro dos cinco homens que tentaram resgatar alguns menores já estão presos. Favela Sobre a ação do Grupo de Operação Especial da Polícia Civil (GOE), na favela Alba nesta madrugada, Alckmin afirmou que o governo está apurando possíveis irregularidades. Uma equipe do GOE trocou tiros com traficantes e na operação acabou matando uma menina de cinco anos que estava em uma festa de aniversário. "O governo não tem nada a esconder. O que existe é uma transparência absoluta, se cometeram erro serão punidos exemplarmente para que não ocorra de novo", afirmou Alckmin.

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