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Alckmin diz que governo precisa gastar melhor

Em campanha na cidade de Maringá, candidato do PSDB comentou a proposta do PT para diminur gastos num eventual segundo mandato de Lula

Por Agencia Estado
Atualização:

O candidato à Presidência da República pela coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL), Geraldo Alckmin, disse neste sábado, em Maringá, no norte do Paraná, que o primordial na questão dos gastos públicos não é apenas gastar menos. "É gastar melhor", acentuou. "Se o Brasil continuar com o governo do Lula não vai crescer, porque não se preocupa com a qualidade do gasto público. Não tem uma medida para poder melhorá-lo." Segundo ele, isso se deve, sobretudo, ao "aparelhamento" do Estado. "O governo foi privatizado. Para o PT", criticou. "Governo é para prestar serviço à sociedade, prestar serviço público de qualidade e não para servir companheiros, para servir ao partido." Numa região em que a agricultura é a principal atividade da população, Alckmin não esqueceu desse setor. "O Lula teve quatro anos e não fez nada do que está falando. Pelo contrário, ele criou essa crise da agricultura." Alckmin disse que há contradição entre o que diz o presidente Lula e o coordenador da campanha e presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, em relação aos cortes nos gastos públicos. "Não há a menor coerência", afirmou. "Cada um fala uma coisa, onde mais interessa para ganhar votos." Pelo mesmo motivo, Alckmin acusou Lula de ter dado reajuste aos funcionários públicos no período eleitoral. "Ele não deu reajustes durante o governo, mas deu agora, na eleição; eu, como governador, fiz o contrário: dei reajuste nos anos todos de governo e não teve neste ano eleitoral", disse. "As coisas não podem ser feitas em função da eleição. Eu vou valorizar o servidor público. O governo Lula valoriza a eleição." Por ser filho de funcionário público, o candidato garantiu ter compromisso com a classe. "Temos que recuperar o conceito de serviço público", afirmou Alckmin, que voltou a dizer que se for eleito venderá o avião presidencial. "O Aerolula vai virar saúde para o povo brasileiro". O candidato chegou à cidade paranaense cerca de duas horas depois do previsto, mas encontrou uma platéia de cerca de 5 mil pessoas, segundo a equipe de segurança contratada pelos organizadores, que o esperava para um comício na praça da Catedral de Maringá. Antes, ele entrou na igreja, em formato de cone, e fez uma rápida oração. Entre as autoridades que recepcionaram estavam o candidato ao governo do Paraná Osmar Dias (PDT) e seu irmão, o senador Álvaro Dias (PSDB). O senador acusou o PT de ter "roubado" o Brasil. "Roubaram porque não tem fé em Deus", discursou. "E quem rouba não será eleito pelo povo de Deus." Alckmin foi apresentado como o redentor. "Geraldo Alckmin vai ressuscitar as esperanças do povo brasileiro", afirmou. O candidato ao governo estadual citou a hora do início de seu discurso - 12h45 - 12 do PDT e 45 do PSDB. "É em nome do respeito à família do Paraná que sou candidato. O candidato à reeleição (governador licenciado Roberto Requião - PMDB) é professor da mentira. O nome dele devia ser Repinóquio", satirizou.

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