Alckmin diz que relação entre PT e governo é promiscua

Ao comentar as denúncias de desvio de recursos da Secom, ele disse que País vive uma "petização", referindo-se a um suposto aparelhamento do Estado

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Por Agencia Estado
Atualização:

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira, 11, a denúncia publicada neste último final de semana publicada na revista Veja de que o Tribunal de Contas da União (TCU) apura o envolvimento direto do PT na distribuição de propaganda do governo. Ele classificou como uma "promiscuidade" a relação entre o partido e o governo federal, e disse que o País vive uma "petização", referindo-se a um suposto aparelhamento do Estado. "O problema dos milhões que sumiram da Secretaria de Comunicação (Secom), (é) que a justificativa é que o material todo foi para o diretório do PT. Quer dizer, é uma promiscuidade (entre) governo e partido. Essa petização do governo, esse aparelhamento do Estado é um atraso. Isso é um mau exemplo para a política brasileira, leva à ineficiência, leva à corrupção", atacou. Alckmin, afirmou que sua campanha "está esquentando" e se mostrou convicto de que irá ao segundo turno. Em visita pela cidade de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri mineiro, o presidenciável o PT e o governo Lula. O tucano deixou claro também que, na reta final da campanha, irá tentar aproveitar ao máximo a popularidade do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), no segundo maior colégio eleitoral do País. Ele confirmou que Aécio já gravou participação no seu programa eleitoral, que deverá ir ao ar "nos próximos dias". Time tucano A intenção, conforme o candidato, é mostrar o "time" tucano. Segundo Alckmin, com as companhias de Lula - ele citou Newton Cardoso, Jader Barbalho e Ney Suassuna -, o projeto do candidato à reeleição "não pode dar certo". Alckmin fez uma comparação entre a gestão de Aécio e do presidente Lula. "O Aécio vai ser reeleito. Você tem um governo, sob o ponto de vista ético, exemplar. Tem um governo que funciona e crescimento econômico", disse. "Agora, na área federal, o governo é um descalabro ético, um governo que não funciona e ainda não cresce", complementou. Depois, Aécio e Alckmin se encontraram com lideranças políticas da região num clube da cidade. Alckmin comemorou "a receptividade". "A campanha está esquentando. Nós estamos aqui em Teófilo Otoni, que é uma cidade governada pelo PT, a prefeita é do PT (Maria José Haueisen), numa região em que o PT é teoricamente mais forte e a receptividade é essa. Eu vejo que há um movimento de crescimento", disse. O presidenciável tucano observou que não considera a reeleição de Lula "fácil", pois o pleito "não é amanhã". "E, indo para o segundo turno, acho que o Lula terá grandes dificuldades de se reeleger. Não está fácil não."

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