Alckmin diz que vai apurar resgate com helicóptero

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Por Agencia Estado
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou hoje que os policiais que faziam a guarda do presídio José Parada Neto, em Guarulhos, no momento em que dois detentos foram resgatados de helicóptero, vão permanecer afastados até que a fuga seja apurada pela Corregedoria da polícia. "A ordem do governo é atirar quando há tentativa de resgate, tanto por terra quanto, como nesse casso, por helicóptero", afirmou Alckmin, quando questionado se houve omissão por parte dos policiais. O governador reconheceu que o resgate foi "cinematográfico", mas defendeu-se afirmando que o número de resgate de detentos no Estado está caindo. "No ano 2000 foram 33 (o número de resgate de preso) e no ano passado o número caiu para 12", disse. "Ontem foram dois resgatados e nós temos 100 mil presos", esquivou-se. Cabos de aço - Alckmin afirmou que a colocação de cabos de aço para impedir os pousos e evitar resgates como o de ontem é apenas uma das alternativas que podem ser tomadas. "A ordem já foi dada. Hoje, todos os estabelecimentos penitenciários já estão verificando o modo de colocá-la em prática. E estamos abertos a outras alternativas", disse. O governador destacou que ficou surpreso quando foi informado do resgate e disse que nesta área o trabalho é permanente. "Você prende, você tem sucesso e dificuldade", comentou. Ele não respondeu porque o governo não toma medidas preventivas - como a colocação de cabos de aço - antes, ao invés de esperar os crimes ocorrerem. Imprevisível - O secretário de Segurança Pública, Marco Vinício Petrelluzzi, afirmou hoje que a polícia não tinha "antevisto" a possibilidade de fuga de presos por helicóptero. Entretanto, negou que tenha falhado. A "luta é permanente neste setor e cada vez que acontece um evento ruim como esse tentamos aprender", disse. "Não adianta querer cobrar perfeição e antevisão de todos os problemas. Se a gente tivesse essa possibilidade teríamos um policial em cada local onde, eventualmente, um crime poderia ocorrer", disse. Ele reiterou a proposta do governador Geraldo Alckmin de colocar cabos de aço nas prisões. "Só agora vimos que isso é importante", avalia. O secretário fez estas declarações no Palácio dos Bandeirantes, após cerimônia em que o governador Geraldo Alckmin e a prefeita Marta Suplicy assinaram convênio para a construção de casas e piscinões populares.

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